segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Abdução

Um assunto que sempre me fascinou é a abdução de pessoas por extraterrestres. É incrível como em questão de segundos uma pessoa desaparece por horas de uma festa e retorna como se absolutamente nada estivesse acontecido. Acho que durante a abdução é feita uma lavagem cerebral ou jogado o pozinho do fada do dente (sim, do filme. Eu sei, eu sei, não precisam falar nada) porque durante essas horas de ausência, ela não se lembra de nada.
- Oi, a fila do banheiro tava grande...
- Por três horas?
- Hã? Foram 20 minutos!!
- Não, foram três horas. Já entendi...
- Não, não é nada disso que você tá pensando eu só estav...
- Sendo abduzido, claro!!! Como foi a experiência??
- Hã?
- Sim, você foi abduzido por extraterrestres! Não lembra da nave-mãe chegando, de um clarão... de nada? Dizem que é uma experiência magnífica!
- Que?
- É... tá comprovado.
- Comprovado o que?
- A abdução! Tem todos os sinais de que ela ocorreu. Principalmente a perda da memória recente.
- Você tá bem?
- Claro! Eu te entendo, pode ficar tranquilo. E pelo jeito teve microchips...
- Microchip? Hã?
- É, que altera a personalidade. Perdi playboy.

Olá leitores inexistentes!! Fui checar as estatísticas do blog... que decadência! Sem nenhuma visita a meses! Vocês já foram melhorezinhos né? Enfim, ando sem criatividade e quando eu escrevo, a categoria é impublicável. Hoje eu estava olhando os rascunhos e achei esse texto. Foi escrito em 12 de dezembro de 2010 e na época (minha ingenuidade era fascinante) foi classificado como impublicável. Não é mais. Tá ai ó. Enfim, acredito que daqui a alguns meses (ou anos, vai saber) meus textos atuais poderão ser publicados e olharei para o passado incrédula da minha ingenuidade atual - assim espero!!

domingo, 14 de agosto de 2011

Sensibilidade Paterna

De vez em quando eu tenho ataques autistas. Não são propriamente autistas porque neles eu interajo com as pessoas. São esperadas duas reações: ou elas riem ou fingem que não me conhecem. A maior vítima, coitado, é o pai.
Fomos eu e o pai ao supermercado, com uma listinha de compras:
- Pai, olha!! Eu sou uma borboleta! (com a lista dobrada ao meio, fingindo voar.)
- ...
- Aaaaaaaaaaaaaaaaai. Por que você me bateu?
- É filha. Eu sou o matador de borboletas, hehehe.

Paizinho, esse texto foi escrito em outubro de 2010 e não sei o porquê de não ter sido publicado. Enfim, encontrei-o e achei que era adequado, da nossa maneira, para a data de hoje. Não adianta eu falar que é o melhor pai do mundo e que eu te amo, afinal, já está careca de saber disso!!! Mas não custa relembrar o quanto todos os momentos são especiais ao seu lado, inclusive ir ao supermercado com uma listinha de compras!!
Te amo boizinho, feliz dia dos pais. Ah, incrivelmente, já estou com saudades...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Tá bom Kaio!

O irmão, chiquérrimo, foi convidado para dar uma palestra. E só pra deixar a maninha dele cheia de orgulho, enviou por email a divulgação. A irmã, toda boba com um irmão-quase-doutor-palestrante não resistiu: quando imaginou que a palestra havia acabado, enviou uma mensagem: "Não sabia que lagartixas com artrite reumatóide sabiam palestrar. Como foi? To super orgulhosa de você!" (vai dizer, essa irmã é uma fofa mesmo!). O irmão não respondeu. Pobre da irmã.
Muito tempo depois, o celular toca. A irmã, com saudades e extremamente sensível, atende toda empolgada:
- Maninho, que saudades! Como foi lá?
- Foi tudo bem, obrigada pela mensagem!
- Imagina! E o pessoal gostou da palestra?
- Aham. E fiz uma descoberta hoje.
- Poxa, que legal! O quê?
- Descobri que baratas epiléticas conseguem falar no telefone.
tu.tu.tu.

Não adianta: mesmo a distância o Kaio insiste em aparecer no blog. Satisfeita lacraia com endometrite puerperal??


Olá leitores!! Viram como eu não demorei? Não posso deixar de comentar o ressurgimento do pai nos comentários do blog, fiquei bem feliz em saber que alguém ainda acessa (e comenta!). Aliás, é horrível escrever sem saber a opinião de vocês. Por isso que eu fico tanto tempo sem aparecer... (desculpinha boa, vai!)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

2 em 1

Esses dias estávamos eu e meus primos jantando aqui em casa. Previsivelmente, eu não fiz a janta - por motivos que vão além da minha culinária. As pizzas estavam deliciosas, e com os elogios veio o "já pode casar primão!"
- Obrigado, eu realmente me viro bem na cozinha!
- Eu não. Sou um desastre completo! Se depender dos meus dotes culinários...
- Ah Amanda... você faz doces!
- E drinks!!
- É... pensando assim, eu viveria bem só com doces e bebidinhas!
- É. Viveria. Bêbada e diabética.

Meus primos. Uns amores!

Olá leitores! Sim, eu sei que vocês inexistem e que, mesmo se existissem, já teriam abandonado o blog. Culpa minha. Tá tudo uma correria, fim de faculdade não é fácil. Instabilidades, formatura e estágio também não. Estou perdoada né? Para me redimir, dois textinhos pra vocês!!

Com relação ao último texto, um leitor estava cobrando atualizações:
- Poxa Amanda, o blog tá paradinho né?
- Tá, to sem ideias...
- E ainda o último texto, o que era aquilo?
- Pois é, eu sei. Fugiu completamente da dinâmica do blog. Gosto de postar textos engraçadinhos, divertidos...
- Ah tá... não era pra ser engraçado??
- Não, por quê?
- Desculpa, mas eu ri.

É. A sensibilidade dos leitores me fascina.

domingo, 3 de abril de 2011

Desequilíbrio

Update: Houve um "desequilíbrio" ortográfico no título do texto. Desculpas aos leitores e à língua portuguesa.


A Amanda Racional sabe que foi melhor assim. O final da história seria esse, já estava escrito, então pra que prolongar? A Amanda Sonhadora, sempre ela! Ela sempre estraga meus planos e idealiza tudo de maneira diferente. Ela ainda acreditava em príncipes encantados que, de tamanho encanto, viraram sapos. Não viraram sapos por estarem ocultando a natureza ou porque as máscaras caíram. Viraram sapos por culpa daquela insuportável da Sonhadora que insistia em aumentar o encanto dos príncipes. E sonhar com eles, é claro. Sonhar com o impossível.
Já a Racional sempre soube que príncipes não existiam. Nem príncipes, nem pessoas (quase) perfeitas. Ela também me irrita com essa mania de sempre pensar muito antes que haja qualquer envolvimento. Ela torna a minha vida chata e cheia de regras. E sem sentimentos. Ela cria uma barreira que impede de eu mostrar o que eu sinto. Ela sempre me diz pra ser forte e suportar tudo de cabeça erguida. Demonstrar fraqueza? Nunca.
O problema é que "elas" me deixam confusa. Uma vivendo sonhos lindos e a outra me impedindo de sonhar. Falta equilíbrio. E essa instabilidade entre as duas que me faz mal. Que faz cair lágrimas, hoje.


Olá leitores!! Desculpa a demora, sei que a maioria já abandonou o blog de vez (como eu!). Não há motivos pra preocupações, sabemos que no final tudo dá certo (clichê?) e por mais que não seja assim é mais fácil e melhor acreditar nisso!
Prova amanhã, torçam por mim - vou precisar!!!
ps. pretendo, aos poucos, "desabandonar" o blog.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Chip

Olá leitores amados!! Eu nem ia escrever nada, mas meu irmão anda realmente com vontade de aparecer por aqui. Só isso poderia justificar as atitudes nada normais dele (tá, eu sei que ele não é normal!).
Esses dias voltei com ele do estágio. Estava muito cansada e só queria ficar quietinha, chegar em casa, tomar um banho e dormir.
- Amanda, como foi de estágio?
- Foi legal.
- E o que você fez?
- Um monte de coisa.
- Que coisa?
- Fiquei cadastrando os microchips (os cachorros recebem um microchip de identificação, com os dados dele e do proprietário) durante horas.
- Microchip? Como funciona?
- Caso o cachorro seja pego na rua e for encaminhado para o centro de zoonoses, é só passar o leitor, jogar o número na internet e ai tem todos os dados.
- Humm... até se for o cachorro do Pedro?
- É Kaio. Até o do Pedro.
- Não vai perguntar qual Pedro?
- Tá, mano. Qual Pedro (já um "pouquinho irritada")?
- O PEEEEEEDRO, CADE MEU CHIIIIP!! HAHAHAHAHAHAAHA.

Tá, eu sei. Essa foi uma das maiores superações do mano.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Esclarecimentos

Oláá leitores!!(ainda existem?)Confesso que andava com saudades do blog, mas a criatividade e as histórias não ajudaram!!
Antes de mais nada, vou esclarecer o "mistério" nada misterioso do outro post. No Natal, falava com um dos leitores mais assíduos sobre minha falta de criatividade e minha decadência. Explico: os meus primeiros textos, ao meu ver, são muito melhores do que os atuais. É triste e decepcionante, mas é a realidade. Então, o leitor sugeriu que eu postasse um texto beeem antiguinho, que ninguém ia perceber a repetição. Foi o que eu fiz: peguei o primeiro texto aqui publicado (o segundo escrito, o primeiro ainda está na categoria "impublicáveis") e postei.
E não é que ninguém percebeu?? A não ser, claro, o leitor que sugeriu e meu pai, que acompanha o blog desde sempre (vai dizer? melhor pai do mundo!). E ainda tive que aturar a revolta do meu irmão (sim, era pra ele acompanhar o blog desde sempre), dizendo que o texto ou minhas ideologias eram falsas! Poxa mano! Acessa mais o blog né??? Enfim, o texto data de 12 de maio de 2008, mas foi escrito em data bem anterior a essa.

Acho que ainda hoje sai mais um textinho de retorno das férias!!!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Futebol

Futebol. Esta aí uma coisa quase indecifrável para a maioria das mulheres. É incrível como um bando de homens suados fascinam e prendem a atenção do universo masculino, a ponto de nada, nadinha tirar os olhos deles da TV. E incrível também como eles enlouquecem com as perguntas e dúvidas femininas.
Certo dia, para tentar entender tal fascínio resolvi assistir um jogo em companhia masculina. Confesso que minha primeira impressão foi péssima: não entendi o porquê de meias tão compridas e calções tão grandes se a maioria dos jogadores tem pernas lindas, que merecem ser admiradas. Uma dica para as leitoras, que resolverem se aventurar no mundo futebolístico: jamais teçam comentários ou façam perguntas a respeito da forma física dos jogadores, (ou das vestimentas "inadequadas" deles!) se não quiserem ser expulsas da sala. Ou da casa.
Após muita insistência e argumentos sobre minha pergunta, eles deixaram eu ficar, sob a condição de silêncio absoluto. O jogo corria normal, até que o time adversário fez um gol e eu não ouvi nenhum palavrão, nenhuma manifestação de tristeza e resolvi quebrar o voto de silêncio:
- Por que não foi gol?
- Ele tava impedido.
- Impedido de que?
- De fazer o gol, né? Não viu o bandeirinha marcar impedimento?
- O que é impedimento?
- É quando o jogador tá impedido!! Comentários femininos são tão brochantes! Se você não ficar quietinha, vai ser expulsa sumariamente.
Após a ameaça e a resposta esclarecedora, assisti mais um pouco, aconteceu um gol do "time de coração", no qual o jogador não estava impedido (?) e veio toda aquela comemoração esdrúxula, com abraços, beijos, gritos e correria.
Eu saí da sala e fui ler um livro. Mas se algum dia, uma alma caridosa com bastante testosterona, resolver me explicar o que é impedimento, ficarei extremamente grata!

Olá leitores ingratos (sim. continuo chateada). O texto de hoje foi sugestão de um leitor. Estou (finalmente!) entrando em férias, portanto, não esperem que eu retorne antes do dia 20 de Janeiro (como se vocês se importassem com isso. hunf.). O texto não tem mistério, mas tem uma particularidade. Leitores espertos, assíduos ou antigos entenderão. Feliz 2011!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Dançar? Eu?

Quem convive comigo sabe que não sou muito adepta a danças, independente do ritmo musical. Já tentei fazer curso de dança gaúcha, apesar de não gostar muito do ritmo. Não bastou um: fiz dois. Pobre do meu par... no meio da música eu tinha sérios ataques de riso ao olhar pro espelho: parecia uma garça saltitante. Isso sem falar na absurda falta de ritmo: "Amanda, é só escutar a música, oh, um dois, um dois". Até hoje não consigo conciliar o movimento dos meus pés com o que eu escuto. Mas eu achava que em baladinhas eu me saia bem e dançava muito. Isso até o verão passado. Tem um clube de praia que eu sempre queria ir mas na época que meu irmão e meu primo frequentavam eu não tinha idade ("Mas faltam 3 dias pra eu ter 18!" "Isso mesmo, faltam três dias. Tchau Amanda!") Nesse verão (sim, três anos depois de ter a idade mínima) consegui convencer o mano a me acompanhar. Eu tava empolgadíssima, afinal, eu iria (depois de quatro horas de fila chegamos, mas isso é outra história) finalmente depois de tantos anos ouvindo o "tchau Amanda". Dancei, dancei e dancei. Até que, no auge da minha empolgação, meu irmão diz: "Amanda, menos. Você parece uma animadora de festa infantil."
Parei na hora. Animadora de festa infantil não dá. Tudo bem. A partir desse momento criei a dancinha básica, somente para socialização: mexo a cabeça (tento no ritmo, mas é complicado)e movimento um dos pés. Estava tudo bem até que um dia me falaram que eu parecia um boneco de Olinda dançando. Talvez a altura com o salto exagerado aliado com uma total falta de ritmo levaram a essa observação. Poxa. Agora eu me sinto um Boneco de Olinda animando festa infantil. É, preciso de um curso de dança. Urgente.

Leitores amados!! Morreram de saudades de mim? A criatividade tá baixa novamente. É, crise. Aí quando eu escrevo ou fica muito ruim e eu não consigo terminar ou são textos na categoria impublicáveis, que não saem da página de rascunho. Bom, TO NA NONA!!! Nem acredito que o semestre acabou e eu consegui. A faculdade acabou comigo e com minha vida social. Ok, agora já é draminha!!! Acho que eu não escrevo até o Natal, então... Feliz Natal!! ha ha.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Jacarés

Update 2: acabei de descobrir que o anônimo de sempre não é o anônimo deste texto. Maais mistério!

Update: Como praticamente revelei o "mistério" do texto pro leitor anônimo (tá, só dei dicas mais específicas), achei justo dar uma facilitada: as frases reveladoras estão em destaque. Agora é impossível não descobrir do que realmente o texto fala! Só não se decepcionem, detesto criar expectativas.

Era um homem elegante, discreto. Empresário bem sucedido que tinha como hobby uma estimável criação de jacarés. Mas não eram simples jacarés do Pantanal Brasileiro, os jacarés dele vinham no mínimo da França, exceto um filhotinho que nasceu no Peru, mas junto a outros tantos franceses, adquiriu a mesma classe. O seu afeto era tão grande que mantinha a criação do lado esquerdo do peito.
Não divulgava seu hobby aos quatro ventos. Mantinha a total discrição, tanto que poucos amigos sabiam. E os que sabiam, no início repreendiam, afinal, o gasto com aquisições de novos jacarés sem retorno nenhum, apenas para embelezar sua vida, era grande. Mas ao ver seu sorriso de satisfação admirando a criação entendiam. E até sorriam, ao ver o amigo tão extasiado.
Um dia resolveu ampliar a criação. Foi até o centro especializado e adquiriu novos exemplares. Porém, alguns filhotinhos ainda não estavam aptos a se juntar com a criação e ele teve que deixar para levá-los na segunda-feira.
Segunda-feira, negócios a mil, ocupadíssimo, ligou pra sua filha e pediu que ela buscasse a encomenda. Não se deu conta que a filha não sabia da criação, muito menos que ela levaria um susto ao ver os espécimes. A filha solicita como sempre, não negou ajuda e foi até o local indicado pelo pai. Ao ver aquelas duas lindas criaturinhas não escondeu o espanto:
- Tem certeza que é do pai?
- Claro! Ele já é nosso cliente antigo.
- E como eu vou levar isso sem estragar?
- Seu carro está perto? Eles são resistentes!!
E lá foi ela. Acompanhada de dois jacarés, tentando escondê-los de todo o jeito, afinal, causa no mínimo estranheza ser vista com jacarés. Sem falar no medo. Se uma dessas criaturas resolve fugir, ela estava frita!!
Conseguiu, chegou até o carro, que não estava tão perto assim e voltou para a casa com cara de dever cumprido. Colocou os bichanos sobre a cama de seu pai e quando ele chegou, foi prontamente contar pra ele da sua "aventura" e da sua surpresa em saber que ele cultivava essas lindas criaturinhas. O pai olha. Fica sério. Faltava um. O coração dela dispara "tenho certeza que só tinha dois!”. Só faltava um ser tão filhotinho que ela tivesse perdido no caminho. O pai liga para o estabelecimento e eles confirmam que um realmente tinha ficado. "Falha de nossa atendente, mil desculpas senhor." Ela respira aliviada e não resiste:
- Paiê, que uma sócia?
- No que?
- Na criação de jacarés, ora!!!
- Deixa de ser brega menina e vai dormir!!!!!


Olá leitores! Nem demorei muito, viram? Na verdade, tenho duas provas amanhã. Mas como eu precisava relaxar depois de ter feito uma bem trágica, resolvi escrever pra vocês. Ah, ontem eu bati minha cabeça na janela e formou um galo ( o pior é que eu havia visto que a janela estava aberta). Minha mãe disse que pode ficar roxo e "descer" pro olho, parecendo que eu levei uma pancada. Alguém sabe a veracidade dessa informação?? Talvez a história de hoje esteja confusa. Mas leitores espertos entenderão de primeira. Tem várias dicas no texto!!!

Ah, torçam para que eu sobreviva a esse fim de semestre!!!

sábado, 13 de novembro de 2010

Minha mãe me ama.

Dia de compras!! Como eu estava estressada (a faculdade, claro!) e nem eu estava aturando meu mau humor, a mãe resolveu me levar para um dia de compras e mudança no cabelo. Sempre resolve compensar meu estado emocional péssimo com idas a lojas.
Óbvio que eu não estava super arrumada, afinal, nem ânimo eu tinha pra isso. Tudo ocorria bem, vestidinhos, blusinhas, calça e quando meu humor começa a melhorar... passa um mendigo. Mas não era um mendigo qualquer, era um mendigo meio mano.Bem estranho.
- Olááá sogrinha!!!
Não segurei o riso. Nem a mãe. Ok, uma piadinha. Mas não. A mãe não podia deixar só por isso. Quando já estávamos bem longe da criatura e esquecendo a situação, a mãe fala:
- Olha filha... isso é um bom sinal!
- Hã? Sinal de que mãe?
- Do mendigo. Pelo menos alguém ainda te acha bonita.

Muito obrigada mãe. Agora me sinto bem melhor. Pra compensar, com certeza, vou precisar daquele sapato de cinderela que vimos na outra loja!!!!!!!!



Olá leitores Anônimo, Pai e Rodrigo!!! Resolvi nominá-los, já que escrevo exclusivamente pra vocês!! Não tenho nada pra falar hoje na historinha-fim-de-post. Já vou avisando que acho que vão ficar sem publicação por um bom tempo. Fim de semestre, sabem como é né?? Ah, só pra não dizerem que eu sou mimada e futil, eu não ganhei o sapato de cinderela. Não tinha meu número.

domingo, 31 de outubro de 2010

Meu irmão me ama.

Conversa com meu irmão, no msn:
- Oiiiiiiiii. Seu pai tem boi??
- Oi. Não. Ele tem uma cadela.
- Cadela?
- É. A filha dele. HAHAHAHAHAHA
- Mas eu não sou cadela. Sou um peixe-borboleta. Quer ver?
- Não. Tá frio. Me ferrei.
- Quer que eu te busque?
- Não. Vou demorar.
- Mas tá frio... e escuro. E no escuro tem monstros verdes.
- Tá bom Amanda.


Vai dizer? É muito amor entre irmãos!!!

Olá leitores! Ando com preguiça de atualizar o blog, ainda bem que meu irmão acabou de ser super gentil comigo no msn. Lembram do Rodrigo Falsário? É... era o Kaio mesmo. Outro dia eu conto como ele se entregou, quer dizer, como eu descobri. Sempre é fácil enrolar irmão mais velho. Como disse o Rodriguinho, SEMPRE os caçulas são mais inteligentes.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Desmoralizando seu Irmão

Acho que irmãos nunca crescem. Sempre estarão implicando um com o outro e fazendo brincadeiras idiotas, porém divertidíssimas. Esses dias comecei a analisar e percebi que as brincadeiras e provocações são exatamente as mesmas. Entre tantas, as que mais se destacam é a do lambo e a dança do dedinho.
A dança do dedinho tem algumas regras básicas: deve ser realizada durante uma conversa séria do seu irmão com alguém e você deve ficar de frente pra ele, porém o outro interlocutor tem que estar de costas pra você. É comumente utilizada quando a conversa é realmente séria e preferencialmente com o pai ou a mãe. Enquanto a pessoa fala, a dança é realizada, de modo que somente teu irmão te veja. Dependendo do humor dele, as reações são diferentes: ele pode começar a rir e aumentar o grau de irritação do pai/mãe (ah é? você apronta e ainda acha engraçado?!)ou ele pode usar o tradicional "paiê, a mana tá mostrando o dedo pra mim". No segundo caso aconselho muita agilidade, para parar rapidamente a dança, mudar a expressão de riso para "concordo plenamente com você pai/mãe", balançando a cabeça afirmamente (também pode-se colocar a mão no queixo, para dar mais credibilidade). Em caso de questionamentos sobre o dedo o melhor é fingir que não sabe o que está acontecendo: "Dedo, hã? Acha mesmo que eu faria isso?"
Certo dia, estávamos eu, meu irmão e minha cunhada na cozinha. A disposição dos lugares era perfeita para a realização da dança. Enquanto o mano e a cunhada conversavam, eu comecei a realizar a dança. Ele ria. Minha cunhada ficou perdida. Ele explicou todo o procedimento e efetuou a dança do dedinho. Minha cunhada, incrédula, falou: "A Amanda?? Duvido! Ela não faria isso!" É gente, lado positivo de ter cara de garota delicada. Claro que eu concordei. E ele insistia. Precisava provar a todo custo que eu, a Amanda Delicada fazia a dança do dedinho sim! Preparou a armadilha: eu ainda estava na cozinha, minha cunhada ficou "escondida" no corredor, ele foi até a entrada da cozinha, de maneira que eu e minha cunhada o visse. Realizou a dança do dedinho mais ridícula da vida dele, esperando que eu respondesse a altura. Olhei pra ele, fiz cara de séria e... "Ai Kaio, que ridículo, deixa de ser idiota! Tá na hora de crescer né?" E saí (segurando a risada!). Ele desanimou. Minha cunhada ria. "Amor... eu juro que a Amanda fazia a dancinha. Acredita em mim!" falou ele, desmoralizado.


Olá leitores! Sei que faz tempo que não apareço, mas a vida tá uma correria. Com direito a overdose de café e noites não dormidas. Tudo isso devido a que?? Faculdade, claaaro. Agora acredito que a pior semana (até semana que vem) passou. Ando otimista ultimamente.
Tive muitas dúvidas se postava a historinha de hoje. A primeira com relação ao meu irmão, tadinho. Fiquei com peninha dele quando minha cunhada não acreditou. E a segunda, mais óbvia, é que com esse post eu perco imediatamente toda minha classe delicadeza (aham. sou uma lady) e remoralizo meu irmão. Mandei o email com o texto para o Kaio, com a seguinte pergunta: "É publicável?" Resposta: "hahaha mto bom." Acho que é um sim né??? Apesar de eu ter certeza que a resposta não passa de uma estratégia dele, no estilo "Ela admitiu!! Viu?? Eu tava certo!"

domingo, 19 de setembro de 2010

Estaleirinho's Cassino II

...a cada dia apareciam novas duplas, dos mais diferentes lugares do mundo querendo desbancá-los. Era impossível. Alguns diziam que "era coisa feita", outros juravam que era "apenas sorte, um dia passa". Mas o dia não passava, a dupla estava cada vez melhor. Encaravam todos os desafios. Os pratos sujos e a Exame ficaram abandonados. Tinha torcida organizada contra eles. Todos contra eles. E quando falavam nos seus passados a surpresa era certa. Como uma duplinha que surgiu do nada está desbancando os melhores e mais profissionais jogadores? Não sei. Ninguém sabe.
Tornaram-se jogadores residentes do Estaca. Recebiam milhões. Quando tiravam folga, iam jogar pelo mundo. E ganhavam milhões. Três anos depois de muito glamour e fama, totalmente invictos, resolveram ter uma conversa séria. Sentiam um vazio, faltava algo que o jogo não podia suprir. O intelectual queria ser advogado e dominar o mundo. A faxineira queria... bem, a faxineira não sabia o que queria, apesar de sentir falta das suas conversas com o Sr. Prato e com a Sra. Vassoura.
- Vamos perder nessa temporada?
- É... acho que sim. Sinto falta dos pratos.
- Cansei de jogar, essa vida capitalista não está me fazendo bem. Quero ser advogado pra ajudar os pobres!!!
- HAHAHAHAHA!!! Desculpa, sabendo de toda sua história e luta socialista acho que é o melhor a ser feito.
- É hoje. Ganharemos a primeira partida. Quando estivermos, novamente, com toda a moral, perderemos.
- Acho que temos que perder pra uma dupla iniciante, quem sabe eles não são os novos "nós"?
E assim foi. Sentaram-se à mesa. Ganharam. Comemoram. Dupla seguinte. Iniciaram ganhando. O sinal foi feito. Decaíram. Perderam. "Queremos melhor de três!" falou a dupla iniciante. "Não, obrigada. Vocês são bons demais pra nós. Não queremos ser humilhados". Alegria no rosto da nova dupla. Os novos "Eles" do Estaca. Decepção e pavor estampados nas expressões dos demais.
Dever cumprido. Mas será que o Estaleirinho's Cassino aguentaria a saída de seus mais nobres e vitoriosos jogadores? Ou voltaria a ser o cassino de fundo de quintal?? E a faxineira?? Voltou a lavar pratos? O intelectual se tornou advogado dos pobres (cof!!)????? Não perca o próximo capítulo de....


...Chega né?? Agora, é com a imaginação de vocês!!


Bom queridos leitores, assim terminou a temporada do Estaca setembro/2010. Porém, um aviso aos adversários da dupla genial: nos fins de semana de janeiro a dupla voltará. E voltará com t-u-d-o. Somente nos fins de semana, já que desistiram dos milhões do jogo e agora eles tem que trabalhar/estagiar para adquirir suas fortunas. Não comento mais sobre minha vida acadêmica aqui. Acho que vocês, digníssimos leitores, não estão me passando energias positivas. Ou eu que não estou estudando. Ah, temos que descobrir também quem é o "Rodrigo Falsário" que comentou negativamente no post anterior. Isso só pode ser coisa de adversário frustrado. Tenho minha suspeita, mas não vou revelar pra não perder o mistério!!!!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Estaleirinho's Cassino I

Lugar distante, quase paradisíaco e deserto (exceto pelo bar-point-descolado que já citei aqui) cenário perfeito para esconder um dos maiores e mais badalado cassinos clandestinos do mundo: O Estaleirinho´s Cassino. Palco de grandes jogos, muito dinheiro e muito glamuor.
Antigamente, o Estaca (apelido para os íntimos) nem era tão badalado assim, era simplesmente um cassininho de fundo de quintal. Até que, em um memorável dia, a garçonete/faxineira do cassino resolveu jogar. Todos desacreditados, afinal, o que ela estava querendo? Empobrecer ainda mais? Mas ela sabia do seu potencial. Sabia que anos de trabalho árduo naquele local render-lhe-iam uma boa dose de experiência. Sabia que os "poderosos" tinham suas fraquezas e suas falhas. Sabia tudo. O problema seria arrumar um parceiro que acreditasse em tudo isso.
Não foi uma tarefa fácil. Porém, em um cantinho do cassino, com sua Coca Zero e sua revista Exame estava um ser envolto em toda sua intelectualidade. "Jogar? Eu? Tá maluca!" Mas a persistência era seu forte e ele era sua única opção. Convenceu-o. Sabia que apesar da pouca experiência e de seus neurônios um pouco atingidos ele poderia ser uma boa dupla.
Precisavam passar credibilidade. Criaram códigos que desestruturariam os adversários. Passe de energia simulando uma corrente elétrica com o dedinho do ET (aquele do filme, sabe?). Toque mágico "yes panterinha". Bate - o telefone na cara do pobre. Tudo eram artifícios, passavam uma idéia de amadorismo. E os adversários, pobres adversários, acreditando no pseudo-amadorismo e em si mesmos, deixavam-se levar pelo "já está ganho", o orgulho tomava conta e... perdiam. A dupla inesperada dava shows e lucrava muito para o cassino. Alguém lembra da faxineira? E do "intelectual" do canto? Não. Agora só se falavam neles: a dupla que foi capaz de colocar o Estaleirinho's Cassino no mapa. A casa enchia. Todos queriam presenciar o carteado e as vitórias da dupla. "Perder não é tão ruim. O pior é perder pra eles!" E saia mais uma dupla, derrotada, de cabeça baixa, inconformados com tanta inteligência e habilidade.

Continua no próximo post...

Sempre quis escrever um texto em duas partes! Espero que eu não demore muito pra postar e possa contar o que aconteceu com o Estaca pra vocês, sem deixar que os excelentíssimos leitores morram de curiosidade (apesar de o texto não provocar curiosidade, mas deixa eu me iludir).
A prova de segunda não foi legal. Eu tremia. Não sabia nada (lalalala). Mas tudo bem, foi só a primeira dessa disciplina. Tem o exame final ainda!!! A próxima prova é sexta, torçam por mim!!!

sábado, 11 de setembro de 2010

Vendedores de Picolés

Imaginem a situação: você deitado, em uma noite insuportavelmente quente de verão, esperando o sono chegar, quando, de repente... TOCA UM APITO!
Você levanta, abre a janela e com uma habilidade incrível, o ser que apitou lança um... PICOLÉ!!!!! Lógico que antes disso, obrigatoriamente, você envia o aviãozinho feito com uma nota de "dôreau" e ele pergunta o sabor. Não seria perfeito?

Pois é. Até alguns anos atrás, eu imaginava e acreditava na cena descrita acima. Porém, como meu quarto era na lateral do prédio, eu sabia que o vendedor de picolés jamais me veria. Apesar de que, eu confesso, ter olhado na janela de madrugada várias vezes, na esperança do vendedor me ver e lançar meu picolé. Tá, era meio impossível lançar o picolé três andares acima, mas mesmo assim, eu acreditava no apito do vendedor de picolés.
Outra situação: saindo da balada com uma fominha, não daquelas de devorar um cheese bacon duplo com uma coca zero mas uma fominha justamente de algo leve, docinho (glicose né?) como um... picolé! Eu ficaria extremamente feliz em encontrar um carrinho apitando na saída da balada. Não concorda?
Certo dia, família almoçando e falando do caos da segurança e de que "é um absurdo vivermos trancados enquanto os bandidos estão soltos" e afins, citam as motos que fazem segurança privada e que apitam de madrugada. Pronto. Desilusão na hora. Sonhos do picolé indo por água abaixo. Minha expressão muda, não consigo esconder a tristeza.
- O que aconteceu Amanda?
- Nada não é que eu sempre achei que os apitos fossem de vendedores de picolés... mas tudo bem, eu vou conseguir conviver com essa verdade.
Saio da mesa, olhos cheios de lágrimas. "Justo agora que meu quarto é na frente não tem mais picolés?". Sacanagem. Ouço risadas incrédulas vindo da cozinha.

Olá leitores! Já sei... "blog atualizado só em ano bissexto" Mas fazer o que né? Eu tenho uma prova dificílima segunda-feira e ao contrário de estar estudando estou postando!! Sintam-se honrados. Na verdade, o blog foi desculpa pra não estudar e não o contrário, mas deixem prá lá. Ah... a coca zero em destaque foi em homenagem ao assíduo leitor que no feriado cobrou atualização e pediu coca zero nos restaurantes.

domingo, 22 de agosto de 2010

Degraus?

- Sei lá, acho que tá na hora de mudar o nome do blog...
- Por que? Cansou de sonhar???
- Não, não é isso. É que eu acho que o nome não está condizente com o conteúdo. Degraus do Sonho dá a impressão de algo mais sério, mais culto. E o blog é bem "despojado" né?
- É verdade. Sem falar que o nome é complicado.
- Complicado? Por que?
- As pessoas entendem "degrais" aí vão procurar e não encontram!!!!! Degraus é uma palavra difícil!!!
- É Rodriguinho... "Degrais do Delírio"!

E aí leitores? Sugestões para o novo nome do blog??

Eu iria pedir desculpas pela demora pra postar. O fato é que não deu mais tempo, a faculdade tá uma correria. Não tenho mais nem tempo pra pensar, muito menos pra escrever. Antes que pensem que estou me desculpando, estou apenas justificando. É diferente.

domingo, 18 de julho de 2010

Casamento?????

Confesso que não to com a mínima vontade de escrever e ainda to com dor de cabeça, proveniente da noite anterior. Mas fui bombardeada com scraps do meu leitor mais assíduo e não poderia decepcioná-lo. ( se o texto de hoje não for uma decepção, por si só!!!)
***

Família reunida, assistindo TV, quando entra em pauta o assunto favorito de todos: a vida (não)amorosa da Amanda. Após uma discussão sobre com quem eu iria casar (?) o meu irmão resolve expressar sua verdadeira opinião:
- Amanda, sabe qual é o meu sonho, assim, de verdade?
- Tenho medo do teu sonho, mas fala...
- Que você case com o Ronaldinho Gaúcho!! Já pensou que legal? Eu cunhadão dele, jogando bola... Sabia que ele tava em Floripa semana passada? Não acredito que perdemos essa oportunidade.
- Aham Kaio.
- É sério! Tu tem potencial!!!!!
- Combinado! Eu faço esse sacrifício (nessa frase não houve ironia, favor ler no sentido literal, totalmente literal.) Porém, você terá que me patrocinar. Sabe "coméqueé", algumas plasticazinhas, um personal trainer, roupas, salão de beleza... Isso sem falar nos camarotes das baladas frequentadas por ele, é claro.
- Tá. Te patrocino. Te dou "déreal" e você ainda pode ficar com o troco.
- Sério?
- Seríssimo. Campanha Ronaldinho Gaúcho Cunhadão acaba de começar!!

É leitores, minha vida não é fácil! Eu iria fazer comentários sobre os devaneios do meu querido e amado irmão (leiam sem ironia, é sério!!) mas acredito que os leitores que acompanham o blog já devem ter uma leve impressão de como ele é, dispensando esses comentários.

Satisfeito Imundiço??

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Conselhos Maternos

Fim de semestre é sinônimo de cansaço, olheiras e baranguisse. E são nesses estágios que me encontro. Sábado à noite? Estudar suinocultura! Porquinhos são muito mais divertidos que baladinhas com as amigas. Isso sem falar nas outras provinhas que precedem a dos porcos.
Mesmo sabendo do meu estado geral, fui conversar com a mãe:
- Mãe, tem uma festinha hoje... mas acho que não vou né? Tenho que estudar.
- É filha, você tá tão acabadinha... acho melhor você nem sair, né?
- To acabada e estressada! Não aguento mais essa faculdade!
- Calma filha!! Assim que acabarem tuas provas, você cai no mundo!!

É... qualquer coisa, estou apenas seguindo os sábios conselhos da minha mãe!!!

Olá Leitores!! Então, esse texto foi escrito dia 19.06 e não sei o porquê de eu não ter publicado. Bom, está aí. Agora já estou de férias, não acredito que consegui sobreviver a esse semestre e, como minha mãe disse, já iniciei o projeto "cair no mundo" afinal, antes de dominá-lo, preciso conhecê-lo!!
Não posso deixar de falar nas meninas (Elisabeth, Dayanna e Sophi) que acataram tão bem o projeto e já estão fazendo parte dele!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Mochileiras?

Balada na sexta exige um sábado das meninas. É sempre a mesma coisa: telefonemas, iniciam as fofocas e "vamos tomar café?". A mãe sempre fica confusa, afinal "vocês não estavam juntas até as cinco horas da manhã?" É mãe, mas durante a festa sempre existem comentários que não podem ser feitos lá e não dá tempo de falar no táxi.
Essa vez, o sábado das meninas foi com um delicioso café na Dani. Novidades e frustrações compartilhadas (adoro ter amigas psicólogas!) começamos (como sempre) com os planos para o futuro. E decidimos: vamos fazer um mochilão. Porém, o ponto alto da conversa não foi o destino (até tentamos colocar algumas rotas no diálogo, sem sucesso) e sim o que carregaríamos na mochila. Afinal, para três meninas que se preocupam um pouquinho com a aparência, esse parece ser o maior desafio.
- Tá meninas, vamos pelo básico: três looks, um neutro, um de festas e um para eventos sociais.
- Desmembrando os looks: calça jeans, regatinha branca e tênis; vestidinho e salto alto e um terninho básico com scarpin.
- Ah meninas, faltou o pijama!!
- Pijama?? Isso é coisa de fresca! Não precisamos. Na verdade, o look eventos sociais poderia ser junto com o de festas, com um pretinho básico.
- É... e o tênis? Poderia ser uma rasteirinha... é mais charmoso e eu consigo andar!
- Na verdade, uma rasteirinha é sempre bem vinda né? Mas o tênis fica.
- E faltou o casaquinho! Nunca se sabe quando o tempo vai esfriar!
- Na verdade, não sabemos nem para onde vamos, muito menos se vai esfriar!! Por via das dúvidas, arrumamos o casaquinho!
- Ok. Questão looks resolvida. Agora temos que discutir o beauty. Não fico sem rímel!
- Nem sem lápis.
- Nem sem pó e blush!!
- E secador, chapinha e baby liss??
- Isso é fácil! Cada uma leva um!
- Agora só falta perfumes, desodorante, xampus, condicionador, cremes, filtro solar,leave in, máquina fotográfica e filmadora...
- Meninas, vamos ser realistas. Mesmo que fosse só pra viajar um fim de semana, com uma mochila seria impossível!
- É... acho que com a quantidade de itens básicos já enchemos a mochila.
- E faltam coisas ainda...
- Bom, acho melhor esperarmos um pouquinho. Assim que formos ricas e bem sucedidas viajamos pelo mundo!!
- E o melhor: com milhaaaares de malas!!!!!!

Viram leitores?? Duas atualizações em dois dias seguidos! Isso é quase um milagre, podem me dar os parabéns!!!
há há.

domingo, 27 de junho de 2010

Salgadinho de Soja

Feriadão, acho que era novembro, família resolveu ir para a praia. Como não era nem tão quente nem tão frio, o passatempo era o jogo. Na verdade, quase vício. Tardes memoráveis vencendo maravilhosas partidas de tranca!! Um belo dia, já preparada para a jornada que seguiria a tarde, levantei e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, já que não iria sair mesmo. Minha tia passou:
- O tia, corta meu cabelo aí!
- Sério mesmo? Vou pegar a tesoura!!
Ela pegou a tesoura e simplesmente cortou um pedaço do rabo de cavalo. Indignadíssima olhei:
- Ah não!!! Corta mais um pouco né??
Nesse momento, todos da casa me olharam com uma cara de "o que ta acontecendo aqui?" ou "a Amanda enlouqueceu", afinal, eles sabem que meu cabelo é uma das coisas mais importantes da minha vida. Resumindo, a tia cortou.
Iniciamos o jogo. Como sempre, dá aquela fominha quando se vence excessivamente partidas de tranca (sim, estou provocando os adversários), olhei no armário e o que eu encontro?? Salgadinho de soja! Deliciosos salgadinhos de soja, super temperados com todo tipo de erva, alho, cebola e afins. Enfim, comi o salgadinho de soja, venci a partida (é claro)e resolvi dar uma caminhadinha na praia. Soltei o cabelo, que estava "levemente" torto e super bagunçado - chapinha inexiste na praia, e quando fui escovar meus dentes, meu primo estava no banho e como eu não queria esperar duas horas e não iria conversar com ninguém mesmo, peguei o chinelo e saí.
Lá estava eu, feliz e baranga caminhando na praia quando escuto passos atrás de mim. Super normal depois que um bar resolveu transformar a praia paradisíaca e deserta em point badalado. Segui a minha caminhada até que veio uma onda imeeensa e quase tomei um banho. Escuto uma voz:
- Tá fria a água né?
- É... esse tempo maluco.
E sigo caminhando.
- Ahmm, posso te acompanhar na caminhada?
- Claro, desculpa a antipatia, eu estava em outro mundo!
Assim fomos, caminhando e conversando sobre os mais diversos assuntos. Tentei ser simpática pra compensar a baranguisse. Chegamos ao fim da caminhada, uma promessa de reencontro, troca de telefones e, como em novelas, ele lançou o olhar do mocinho. Eu olhei para ele e quando estava se aproximando... "Droga!!! Salgadinho de soja!"
- Hã... tenho que ir. Tchau!!!!
Mal dei um beijinho no rosto e saí imediatamente.
É... confesso pra vocês que salgadinho de soja foi um item excluído do meu cardápio!!

Olá leitores!!! Eu sei, eu sei - postagem extremamente pessoal. Não é meu tipo de história favorita pra compartilhar com vocês, mas eu acho ela tãão bonitinha e engraçadinha que hoje não resisti em escrever. Sem falar que ela é tão antiguinha e fazia tempo que eu queria compartilhá-la.
Antes que eu esqueça: minha dupla na tranca era o Rodriguinho, apesar de eu jogar bem melhor (aham) não posso deixar de citá-lo, afinal, ganhar de todas as duplas, sem derrotas em dois anos consecutivos não é pra qualquer um!!!
ps. gostaram do novo layout do blog ou preferiam o antigo??

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Efeitos Musicais

Eu estava indo pra faculdade com meu querido irmão. Tudo calmo, tranquilo, tão calmo e tranquilo que eu estava quase dormindo (sonecas são super naturais em fim de semestre) quando começa a tocar uma música que eu nunca tinha escutado antes, uma tal de Alejandro, da Lady Gaga.
Vocês não imaginam a alegria do meu irmão (que jura que foi a primeira vez que escutou a música. Aham.) quando começou a tocar. No ínicio, era apenas uma dancinha discreta, mal movimentava os braços. Depois, começou uma coisa muito estrambólica e ritmada, "Olha Amanda, no Ale o braço é pra cima, no handro é pra frente, vamos lá!" Eu, ficando extremamente constrangida com a situação, resolvi perguntar:
- Mano, tu não fica assim, meio envergonhado sei lá, de estar dançando?
- Eu não, por que?? Ale, alee, Alejaaandro!!
- É que as pessoas podem pensar que você comprou tua habilitação, por falta de aprovação no psicotécnico...
- E eu com isso?? Pelo menos eu estou vivo!

Depois da brilhante dedução do meu irmão, e da minha brilhante dedução de que ele não estava em um dia "normal", chegamos à faculdade e além das agradáveis aulas não parei de cantarolar um minuto Ale, ale... Alejaaandro!!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Augusta Maria

Quando eu era mais nova, uns 15 anos, (tá, não tão nova), eu tinha uma boneca, a Augusta Maria. Na verdade, ela era mais um refúgio social, já que eu havia passado da fase dos amigos imaginários.
Quando fomos à praia naquele ano, óbvio que não abri mão da presença da Augusta Maria. Levei-a, apresentei a todos meus familiares ("O que essa guria tá fazendo com boneca ainda? Não teve infância?"), tirei inúmeras fotos para registrar sua ilustre presença.
Até que um dia, resolvi dar uma volta na praia (afinal, minha falta de habilidade social não era tãão grande assim.)Quando saí, meu primo (é, o HERARTT,R.)estava lendo um livro na frente da casa.
- "Tó" - joguei a boneca pra ele - cuida dela que eu vou sair.
- Tudo bem - mal olhou pra boneca, que caiu no colo dele.
Depois de algum tempo voltei (já tinha esquecido completamente a existência da boneca), nem deu tempo de pôr o pé dentro de casa minha tia começou:
- Amanda, não fui eu! Não tive nada a ver com isso, sério!
- Tá tia, o que aconteceu?
- A culpa é do teu primo! Ele não tem jeito mesmo...
- O que ele fez?? Agora to preocupada!!
- Calma Amanda - chegou ele, com um ar meio fúnebre - isso foi para o bem dela.
- Hã? Como assim? Bem de quem?
- Ela que me pediu, disse que não aguentava mais a pressão de ser teu refúgio social, a barra tava pesada... ela queria isso.
- Tá falando da boneca? O que tu fez com ela?
- Não fiz nada contra a sua vontade. Apenas auxiliei nesse momento difícil, com a única intenção de prezar pelo seu bem-estar.
- O QUE TU FEZ COM A AUGUSTA MARIA?
- Veja com seus próprios olhos o mal que você causou a ela.
Neste momento, ele abriu a porta, acompanhou-me até a porta e o que vejo? A boneca amarrada pelo pescoço com uma corda em uma árvore ! No momento, minha única reação foi um ataque de riso incontrolável e o único pensamento foi de como uma pessoa madura, futuro juiz ou promotor enforca uma boneca???

É... depois eu que sou a maluca. Medo.

Queridos leitores (sim, eu sei o que devem estar pensando: ela passa meses sem atualizar o blog depois vem nos chamando de queridos. Desaforo.) peço desculpas pela minha ausência no blog, é que, além da falta de idéias pra escrever, to sem tempo mesmo! A faculdade tá uma correria e a Festa do Pinhão começou.
Tentarei atualizar mais frequentemente, nem que seja com histórias velhinhas como a de hoje.
Ah... não posso deixar de falar do imundíço que me fez postar hoje, fiquei extremamente envergonhada quando recebi um scrap com os dizeres: "fá o favô de atualizar o blog, né?"
Por hoje é isso... e até breve!!! (eu espero!)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Heróis, Esmaltes e Sonhos

- Vamos Kaio! Temos que salvar o mundo!
- Calma Mana. Eu acabei de pedir meu cheese bacon, espera ele chegar.
- E os vilões? Vão ficar livres, leves e soltos enquanto você come teu cheese??
- É que não é um simples cheese. É um cheese que parece uma lasanha.
O cheese bacon chegou, ele parecia uma lasanha, o Kaio comeu e saímos para salvar o mundo. Agora eu não lembro quem era o vilão e qual era a maldade, mas mesmo assim nós fomos voando. As roupas de super-heróis eram ma-ra-vi-lho-sas! Nada daquela coisa brega e suuuper colada, eram realmente lindas e elegantes.
Após salvarmos o mundo mais uma vez, chegamos a casa cansados e quando nos preparávamos para voltar a identidade humana e irmos dormir, chegou um cientista, interessadíssimo em nossos poderes. Ele queria fazer milhares de testes comigo e com o mano. Ficamos meio desconfiados, afinal, ele podia ser o nosso arqui-inimigo Dr. NomeEstrambólico. Porém, como os poderes tinham surgido do nada, havia uma curiosidade de saber como havíamos os adquirido. Um dos testes incluía DNA.
Acabamos resolvendo fazer o teste e pasmem! O MEU IRMÃO NÃO ERA MEU IRMÃO! Foi terrível a descoberta e o teste constava que outro pobre mortal, sem super-poderes, era meu irmão. Até que descobrimos (sim, eu e o Kaio somos feras!) que na verdade, isso era realmente um plano no Dr. NomeEstrambólico para desestabilizar nossa dupla e dominar o mundo. Falando nisso, antigamente, eu vivia desestabilizando o Kaio, porque o estabilizador ficava no meu quarto, ligado à internet e quando eu queria dormir eu desligava e deixava o mano desestabilizado. Tá, eu sei que isso não tem nada a ver com a história, porém, é uma nota importante, pra provar que nem todo o tipo de desestabilização é do mal. Mas o que o Dr. NomeEstrambólico estava tentando fazer era.
Acabando a confusão do DNA e provando que meu irmão era meu irmão eu fui comprar esmalte. Eu precisava de um esmalte verde, aí eu perguntei pra vendedora se ela tinha e ela perguntou se eu queria verde-cocô-de-cavalo ou verde-alga-marinha. Então eu lembrei que as algas marinhas podem ser vermelhas e comprei o esmalte Puro Glamour, que é rosa.
Como as algas vermelhas eram marinhas, fui parar na praia. As ondas estavam imensas e eu tentava não me afogar, o que era difícil afinal eu não era mais uma super-heroína. Heroína é um opióide, igual à morfina. Morfina... droga! Tenho que fazer meu relatório de anestesiologia.
Esse foi o sonho que tive uma noite desta semana. Meio estranho, eu sei. Falando em sonho, me deu vontade de comer sonho. Não, não esse tipo de sonho. Na verdade, minha vontade é de realizar meus sonhos. Não, não esses tipos de sonhos, como o que eu contei. Aqueles outros.
Quer saber? Odiei a palavra sonho. Odeio palavras confusas no meu dia de confusão.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Charlotte

Serraria, sexta-feira, fim de festa. Eu e uma amiga estávamos nessa situação. Uma mais deprê que a outra, por diversos motivos que não cabe citar. Tá, cabe: gente feia, música ruim e falta de ânimo mesmo. Até que, para "alegrar" nossa noite, um cara vem falar comigo:
- Oi, como é seu nome?
- Charlotte.
- Charlotte? Que nome estranho...
- Estranho? Minha mãe se inspirou em um filme lindíssimo e você vem falar que é estranho? Que absurdo! Vou sair daqui.
- Não, desculpa. O Nome é lindo. Então Charlotte, o que você faz?
- Serviços Gerais.
- Na Uniplac?
- Não querido, Serviços Gerais mesmo. Eu só to esperando esse povo ir embora para fazer a limpeza do local. E que povinho mal-educado né? Olha o tanto de copos espalhados no chão!!
- e eu posso ficar aqui, para te ajudar então?
- Óbvio que não! É meu trabalho. Se você quiser realmente ajudar, poderia ir embora, assim, a festa acabava logo, eu terminava meu trabalho e ia dormir mais cedo. O que tu acha?

Não obtive resposta. Mal terminei de falar e o cara já estava looonge!! Antes que os excelentíssimos leitores pensem que eu sou uma malvada, que fico torturando os pobres e inocentes rapazes, irei explicar. Isso acontece esporadicamente: nos dias que eu acordo sarcástica, nos dias que eu acordo irônica e em dias... ops! Todos os dias! Brincadeirinha gentee!!!
É sério.

Sumir

Às vezes cansa ser a pessoa feliz. Mesmo estando triste, com vontade de sumir e não voltar tão cedo, tento manter um sorrisinho no rosto, para não preocupar quem me ama e não deixar transparecer fraqueza, para quem não gosta de mim.
Porém, chega um momento que fica insuportável. Não dá mais de aguentar, tenho que pôr tudo pra fora. Explodir? Brigar, gritar e chorar? Não, escrever. Esquecer.
O que eu mais queria era desaparecer. Com uma varinha mágica, pluft! A Amanda não é mais a Amanda, ela é uma mera desconhecida, expectadora de sua vida. Assistir tudo de camarote. Tentar descobrir como seria a vida das pessoas que convivem comigo sem mim, sem que eu nunca tenha existido. Tentar, desta forma, ver e rever meus erros, acertos e se tudo realmente "só acontece comigo". Descobrir quem eu sou e o que eu realmente quero. Não fazer minhas escolhas por comodismo ou por medo de decepcionar. Não ter tanto pânico do futuro, não pensar nele. Deixar que ele chegue de mansinho e vá organizando minha vida. Olhar para o passado e pensar: "como fui boba! Tudo era tão simples!" Corrigir meus defeitos. Não todos, mas aqueles que atormentam quem eu amo. Ser mais autêntica. Mais feliz - de verdade.


Caaaalma leitores, estou bem! Foi um surto melancólico que andou batendo, mas já passou. Às vezes me preocupo em postar essas historinhas mais tristinhas aqui, afinal, o que eu mais gosto é de ver a galera rindo quando visita o blog. Porém, ao mesmo tempo fico me sentindo "culpada" em não compartilhar alguns textos com vocês. Fico dividida. Tem vezes que opto por guardar tudo para mim. Mas hoje, como a "onda melancólica" passou por aqui, achei que deveria postar!!

domingo, 21 de março de 2010

Fred

Quando tinha uns 15, 16 anos, sempre ia para as festas com meu irmão. O acordo com nossos pais era claro: vocês ficarão o tempo todo juntos. Com ele, também era claro: te encontro às quatro e meia na saída.
Como minhas amigas também eram novinhas (novinhas? é... no meu tempo 16 anos era novinha!) sempre tinham que voltar da festa mais cedo e eu ficava lá, sozinha.
Nesse meio tempo das meninas irem embora e do meu irmão aparecer, eu aprendi a me virar. Cansei de ir para a frente do palco e ficar dançando (autismo?), ir ao banheiro e ficar treinando novos penteados e bater papo com seguranças. Mas a maneira mais eficiente para eu me distrair, sem dúvidas, foi o surgimento do Fred. Não, não o Alfredo Frederico, meu hamster (in memorian). O Fred, meu amigo/namorado imaginário.
Com o Fred, os fins de noite se tornavam inesquecíveis! Tá, mentira, continuavam a mesma coisa, afinal, teoricamente, eu continuava sozinha.

Há muitos anos, meu irmão me levou para o carnaval. Era no clube em que éramos sócios e minhas amigas iam, claro. O acordo foi feito, marcamos o horário em que deveríamos nos encontrar, porém, as meninas foram embora mais cedo do que eu imaginava. Nos despedimos e depois de dar voltinhas pelo salão tentando encontrar meu irmão ou meu primo, desisti e fui sentar. Encontrei uma mesa vaga, com duas cadeiras, uma para mim e outra para o Fred.
Enquanto eu estava distraída observando e me divertindo com o comportamento das pessoas no fim da festa, chega um menino:
- Oi, tá sozinha aí?
- Não, to com o Fred, tu não tá vendo?
- Fred? Onde?
- Aqui, do meu lado, não está vendo mesmo?
- Hã... não.
- Fred, meu namorado imaginário(indignadíssima). Dá oi pro Fred??
- Err... Oi Fred.
- Estende a mão pro Fred, deixa de ser mal-educado!
Neste momento, ele foi sentando na cadeira ao meu lado:
- NÃÃÃO!!!!! CUIDADO!
Levantou-se rapidamente, com uma cara de assustado hilária, que eu lembro até hoje!
- Cara! Tu tá maluco??? Quase sentou no colo do Fred!!!!!! Fred, meu querido, você está bem??? Tadinho, não sei porque as pessoas nunca te enxergam...
- Desculpa moça... bom, eu tenho que ir!
- Está bem!! Dá tchau pro Fred??

O cara simplesmente saiu, com uma cara de "a menina é maluca - medo". E eu fiquei lá, segurando o riso e aguardando a aparição do mano e do primo.

sábado, 13 de março de 2010

Genética

Estou de volta! Depois de décadas sem aparecer, finalmente retornei ao blog. Confesso que a criatividade anda em baixa, mas não poderia deixar meus digníssimos leitores (ainda existem?)tanto tempo sem novidades.
Falando em novidades, tenho muitas. Férias de verão, praia, pouco sol, pele extrememante branca, casa nova e início das aulas. Teria como ter tempo de escrever? Ok. Teria sim. Mas faltou criatividade. Na verdade, no meu período de praia sem praia e sem sol, escrevi uma única história, porém não pude publicá-la. Os motivos eram simples:
1. era extremamente pessoal
2. Os meu leitores TAVARES,K. e HERARTT, R. achariam muito de menininha. Para eles, eu sou o "Amandão, Meu Brother."

Na verdade, esse texto era pra ser bem do "Amandão, Meu Brother", falando sobre como uma garota deixou de ser lady no período de férias, com a ajuda de seu primo e seu irmão. Porém, caros leitores, achei que seria subestimar a inteligência de vocês descrever nossas conversas aqui!!!
***

Antes do Natal ainda, a empresa onde meu pai trabalha ofereceu um jantar de fim de ano. Tudo maravilhoso, lugar aconchegante e comida deliciosa.
Estávamos eu, minha mãe e meu irmão sentados à mesa, afinal, o pai estava ocupado recepcionando os convidados.
Conversávamos sobre várias coisas interessantes, até que chegou no assunto "a amanda é estranha". Tudo começou porque eu sou a única da minha casa que não consegue dobrar a língua (tipo uma "calhinha", sabe?)e sou canhota. Meu irmão até chegou a falar que a dobra da língua era um fator evolutivo, caso um dia não existam mais copos nem mãos, ele não vai ter problema em deglutir a água, sem que essa vá para seus pulmões(?).E o fato de ser canhota, nem se fala. Eles diziam que pessoas normais eram destras e por isso, tinham o cérebro mais desenvolvido (???). Sim canhotos do mundo: revoltem-se!
E o incrível é que tanto o gene para dobrar a língua quanto para ser canhoto, são recessivos. Segundo meu irmão, eu peguei todos os defeitos da família para mim. Na verdade, eu peguei todas as qualidades, pois sabemos que as pessoas canhotas são mais inteligentes, divertidas e criativas (ok, momento sem modéstia).
Voltando ao assunto, eu tive uma ótima idéia: criar uma geração nova, de pessoas que não dobram a língua e são canhotos! Será uma nova era, com pessoas incríveis!!! Portanto, pessoas que foram abençoadas com os genes recessivos, se unam! E assim, com certeza, DOMINAREMOS O MUNDO!! Afinal, quem precisa saber dobrar a língua?

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Desastres Culinários

Apesar de não ser uma ótima cozinheira (tá... vai, uma péssima!)quando eu sinto fome e não tem nada instantâneo em casa (tipo pão, bolacha, coisas que é só tirar do armário e comer) me obrigo a cozinhar. E o pior: ao contrário de fazer coisas básicas, sempre invento algo que é para pessoas mais avançadas culinariamente.
Deixando a minha modéstia de lado, meus doces ficam ótimos! Faço tortas de maçã, morango com chocolate, limão e até a holandesa eu já fiz. Porém, nem sempre foi assim. O meu problema, era a nega-maluca. Aquele bolinho "simples" de chocolate, que adoro. O fato é que minhas negas-malucas nunca cresceram. Eu podia encher a massa de fermento, não colocar água quente, abrir o forno só depois de 40 minutos (todos esses erros básicos eu já cometi!) que ela sempre ficava murchinha, murchinha. Até que um dia, encontrei receitas de petit gateau e de brownie. Resolvi testar o brownie. Fiz com todo amor e carinho, lendo bem a receita e tomando muuuito cuidado para o meu lado desastrada não entrar em ação. Bolinho pronto, delicioso - deu certo!
Enquanto eu estava lá, a admirar um dos meus primeiros desafios culinários que deu certo, chega meu querido irmão, dá uma olhada, faz uma cara mista de reprovação e pena e..."Poxa Amanda, tua nega-maluca não cresceu de novo!"
Isso sem falar nos meus almoços-desastres. Por mais que eu tentasse agradar e fazer comidinhas deliciosas, nem a minha lasanha de micro-ondas ficava comestível. Certa vez, eu queria fazer um macarrão à carbonara, justamente para impressionar e tentar retratar minha fama de péssima cozinheira. Procurei a receita na internet, achei simples e fui para a cozinha. Na minha cabeça, errar um macarrão era impossível. Quando servi, ele estava uma gosma. Sabe aquele barulhinho nojento que gosmas fazem quando mexe? É, ele estava assim. Todo mundo olhou, alguns tentaram comer, até que a mãe levantou e foi procurar restos de comida na geladeira. Não sei o porquê de preferirem comida requentada ao meu "delicioso" macarrão.
Outra vez, decidir fazer um strogonoff. Outro prato que sempre pareceu tão simples e eu sabia que todo mundo gostava. Peguei a receita, segui todos os passos e... não deu pra comer. Nem eu conseguia. Faltou sal, ficou líquido, o creme de leite ficou todo desmanchado. Mesmo assim, todos estavam "tentando" comer, pelo menos para me deixar feliz. Até que o mano, não aguentando mais aquela gororoba, não resistiu: - Amanda, você vai ficar muito chateada se eu comer um sanduba?
- Depende mano...se você não preparar um pra mim, eu vou!
E o almoço continuou super feliz, com a família unida comendo sanduíches olhando para um prato frustrado de strogonoff!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Manhê

A garota, no auge dos seus 15 anos, chega a casa. Ela está nervosa, ansiosíssima e precisa conversar com sua mãe.
- Manhêê!Precisamos conversar...acho que é sério!
- Fala filha. Aconteceu algo?
- É que mãe...tá atrasada!
- Quem? A tua amiguinha que vinha aqui?
- Não mãe! Tá atrasada!
- MEU DEUS! Quantos meses filha?
- Dois mãe.
- E como você só me conta isso agora? Teu pai vai enlouquecer!
- Mãe, isso é um problema feminino, não conta pra ele!
- Esse atraso só pode significar uma coisa...
- ...MENOPAUSA mãe!
- Mas, nessa idade? É normal?
- Claro mamãe... e dizem que no máximo em nove meses tuuudo volta ao normal!

É... a velha arte de enrolar os pais!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Homens e Moda

Calma leitores, antes que comecem a pensar que será apenas mais um texto mala sobre novas tendências de moda, tentarei explicar.

Certo dia (ou melhor, noite) estava eu e uma amiga em uma festa chata. Tão chata a ponto de as duas irem para fora do recinto (onde tocava um Dj chato e tinham pessoas chatas, dançando de um jeito chato) e começarem a discutir sobre os homens que já passaram em suas vidas. Chegamos a seguinte conclusão: homens são iguais à moda. Talvez pelo fato de irem e voltarem, da mudança brusca de super brega para fashion ou até mesmo pelo fato de existir um momento em que você está totalmente enjoada, não aguenta mais aquela roupa e, de repente, sentir uma vontade inesperada de usá-la (a roupa, claro!), mas ela já não estar mais em suas mãos.

Enfim, descobrimos que toda garota tem o seu pretinho básico. Aquele mesmo, que independente da situação, sempre cai bem. Fica lindo de qualquer jeito e faz você se sentir perfeita. Também existem os ultrapassados, que já foram modernos, mas hoje são um terror! Quem não se lembra do vestido com aquela ponta na diagonal e do conjuntinho estilo Carla Perez? Duvido que exista alguma menina que nunca tenha usado (e se achado o máximo com eles!). Tem também a calça de moletom. É inegável que é uma delícia ficar jogada em casa com ela, assistindo filminho e comendo chocolate. Porém, nenhuma mulher se sente bem com uma, por simples culpa da calça: ela não faz você se sentir como merece. Não posso esquecer daquela peça super estilosa, que demorou séculos para a aquisição. Você ficava admirando-a na vitrine, passava todo dia pela loja, imaginando o dia que finalmente estivesse em suas mãos. O dia chegou e, com muito esforço, era sua! O problema, é que de tão estilosa, você usou uma vez. Apesar de não ver a hora de usar de novo, era raríssima uma ocasião em que pudessem ficar juntos. E por último, tem aquele vestido chiquérrimo e deslumbrante, que faz você se sentir a mulher mais linda do mundo, uma miss. Quando o coloca, sabe que todos os olhares são para você. Pena que o lugar dele é dentro do guarda-roupa. Fica lá, escondidinho e quietinho por anos, retirado apenas para admirá-lo. Mas tenho certeza, que quando o dia certo chegar, ele estará lá - lindo e perfeito - prontinho para ser seu.

Enquanto o dia do vestido deslumbrante não chega, mexam-se meninas! Está na hora de uma renovação total de estoque. Afinal, já estamos na primavera-verão!

Ah... e meninos, com certeza, para alguma garota vocês são o vestido deslumbrante. Que tal sair do armário?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Magnificência

Lá estava ela, imponente com seu espírito de sedução, localizada na zona do crepúsculo. Seria ela nossa jóia de netuno? Senti uma inspiração poética.
Ao entrar pela primeira vez, percebi que seu vidro esfumaçado deixava transparecer o dia feliz em que estávamos vivendo. E mais: aquela atmosfera romântica reascendia a chama antiga de minha infância. A nostalgia tomou conta de mim. Senti a inspiração verdadeira quando percebi que a poeira solar invadia seus aposentos. Era o nosso tesouro descoberto. Do céu, caía uma lagoa de lírios, mas o sentimento, era o mesmo da deusa do pêssego andando pelos flocos de nuvem. Porém, o degelo da primavera chegou quando resolvemos que estava na hora da reforma. A vertigem apareceu no momento em que iniciaram os trabalhos. Uma inflamável ardência tomou conta de todos, ao perceber que as coisas não aconteciam do jeito imaginado. A festa das bruxas estava armada. Seria tudo ilusão?
Os desejos do coração serão atendidos. O sonho será realizado. Andaremos, em breve, pelo caminho das aceráceas, admirando a NOSSA casa bonita.

Obrigo-me a fazer uma pequena observação. Acredito que meus digníssimos leitores devem estar pensando: ou ela enlouqueceu de vez ou tem um motivo muito bom para justificar a escrita rebuscada e as palavras em negrito. Não foi dessa vez que eu enlouqueci. O motivo dessas palavras em destaque é simples: todas são nomes de cores de tinta. Inacreditavelmente deusa do pêssego é uma cor, assim como lagoa de lírios.
Antes de iniciarmos a reforma, eu achava que os nomes mais ridículos para cores eram os de esmalte (atração fatal e cherries in the snow", por exemplo). Após uma vasta pesquisa sobre tintas, cores e combinações, descobri que os nomes das tintas superam. Quem será que dá esses nomes? Será que eles conseguem imaginar a cor dos desejos do coração ou de uma atmosfera romântica? Eu não consigo.
Minha experiência com cores teve dois lados positivos:
1. Consegui construir um texto prosopopeico.
2. Adquiri um vasto conhecimento para jogar stop. E não quero ouvir nenhum "essa cor não existe!"

Leitores indignados com minha ausência, peço desculpas. Essa vida de design de interiores, empregada doméstica e futura médica veterinária em fim de semestre não me deixa tempo para mais nada. Também confesso que a inspiração anda baixinha, baixinha. Prometo que tentarei atualizar com mais frequência e agradeço a visita e os comentários de quem passa por aqui!

sábado, 31 de outubro de 2009

A triste história do meu nariz

- Amor... vamos ao boliche hoje?
- Tá louca Maria Helena?! Você está grávida!
- Mas eu to com desejo, quer que nossa filhota nasça com cara de bola de boliche? Vamos, por favor!
- Está bem, mas se acontecer alguma coisa, não vá dizer que eu não avisei.

***enquanto isso, no útero da Maria Helena***
- Que delícia essa placenta cheinha de líquido amniótico! Tão gostoso, tão quentinho! Hoje, pelo jeito vou conhecer um lugar novo, um tal de boliche. Que lugar barulhento! A mamãe só pode tá pirada vindo pra cá comigo. Bem que o papai avisou. Vou chegar mais pertinho da barriga, para ouvir melhor.

POFT! PLUFT! AAAAAAAAAAAAAAAAAII!

- Amor, você tá bem? Quem mandou ultrapassar a linha do jogo?
- Tudo bem benzinho, foi só um tombinho!

***no útero***
- Tombinho mamãe? Claro, porque não é você que está aqui dentro, né? Pobre narizinho meu, virou uma batatinha amassadinha! Bem na hora que a mamãe caiu eu tava com ele encostadinho na barriga. Até tentei arrumar, mas parece que só piorou! Quando eu sair dessa barriga e engravidar, nunca, nunquinha vou jogar boliche e achatar o narizinho do meu nenenzinho!!!

Essa é a triste história, de como meu nariz deixou de existir e virou uma bola achatada!!! Pelo o que eu me lembro, lá dentro do útero, ele era lindo, pequenininho e arrebitadinho. Portanto futuras mamães JAMAIS joguem boliche quando estiverem esperando o filhinho, senão, vocês correm o risco de o pobrezinho, além de achatar o nariz, ter que ficar aturando o irmão mais velho contando a historinha descrita acima!


Discussão entre irmãos:
- Kaio! Eu já disse que eu vou assistir esse programa!
- Sua sem noção, fica assistindo essas coisas de viadinho!
- Pelo menos, eu tenho cabelo !
- E pelo menos, eu tenho nariz!!!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Meu Gatões

- Finalmente te conheci, maninho! Pelo o que a mamãe fala, tua vida deve ser perfeita, afinal, você vive no paraíso!
- Caro ET, és muito jovem ainda para dizer isso... Tenho saudades dos carinhos da mamãe, da cama quentinha dela, do olhar preocupado quando propositalmente eu sumia e até daquela ração, que apesar de não tão gostosa, tinha tudo o que eu precisava! E quando ela trazia ração em lata??? Hummm!!
- Mas você come coisas de humano!!
- É, isso é deliciosamente verdade. Porém, não é essa maravilha toda, sempre vem ossinhos e coisinhas que podem me fazer muito mal.
- E se você não gostar da comida, você pode caçar! Deve ser delicioso devorar um ratinho!
- Eca! Ratos são nojentos!! Já comeu algum? Eu cacei um, uma única vez e não consegui comer aquilo.
- Pelo menos, deve ser muito mais divertido do que bichinhos de pelúcia. E outra: a mamãe tá achando que eu sou viadinho! Acredita que agora ela inventou de colocar pipicat com cheirinho de jasmim? Tira toda a masculinidade do cheiro do meu xixi! E quando ela invoca de me dar banho, para eu ficar cheirosinho? Fico parecendo uma gatinha!! Pior que isso, só as fitinhas coloridas que ela coloca no meu pescoço. Eu já disse: Sou macho! E inteiro, oras!!
- Bem coisas da mamãe isso. Os banhos eu tinha que aturar, esse é um dos lados bons de morar no paraíso, mas o pipicat... é, ela exagerou!! Mas calma, ETzinho, logo logo deixarás de ser "macho inteiro". Não demora, você fará a famosa "visitinha" ao veterinário.
- Nunca! A mamãe não tem direito de acabar com a minha masculinidade!!
- Ela acabou com a minha. E o pior, era ouvir o titio e o vovô me chamando de bichinha!!
- Hahahaha Adoro o titio e o vovô!
- E inacreditavelmente, quando vim pra cá, conheci a gata dos meus sonhos. No início, tivemos alguns probleminhas, claro. Mas logo nos apaixonamos. Um amor impossível, por causa daquela maldita visitinha! E o pior, foi ver minha amada, grávida de outro gato.
- Nossa, que história triste, Dexter. E o que você fez?
- Eu resolvi assumir os filhotes da Mimi, já que ela nem fazia idéia de quem era o pai. E não é que são parecidinhos comigo?
- Que lindo isso Dexter! Você é papai!
- Nem sonhe em contar que eu sou castrado, pra ninguém, viu maninho?
- Pode deixar. Espero que a mamãe desista da visitinha. E será que algum dia ela vai me mandar para o paraíso?
- ET, maninho querido, apesar de todo esse jeito da mamãe, de achar que somos "gatinhas" e dos ataques de Felícia, o paraíso é ao lado dela. Morro de saudades dos seus olhos.

Essa foi a conversa que eu imaginei entre meus dois (amados) filhos. Um, o mais experiente foi mandado para o "paraíso" e o outro, meu neném, continua no apartamento comigo. Confesso que faltou um pouquinho de modéstia, ao dizer que o Dedé tá moorto de saudades de mim, enquanto que, na verdade, eu que não aguento mais ficar longe daquela coisinha!!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Encontrei-me

Viagens são sempre legais. Às vezes o destino não é tão badalado, mas só o fato de sair de casa, respirar "novos ares" já compensa. E foi em uma dessas viagens que eu finalmente me identifiquei. Descobri o meu verdadeiro eu. Fazia tempo que eu não encontrava algo que batesse tanto comigo. O diálogo foi mais ou menos assim:
- Manhê! Que árvore é aquela?
- É uma Bracatinga filha... por quê?
- Ela é linda mãe! - falei encantada.
- Não vejo nada de linda não. É meio torta, desengonçada e magrela!
- Então mãe! É a minha cara.
- E não é que é mesmo? Hahahaha
- O que?? Tá me chamando de magrela, desengonçada e torta?? - falei indignadíssima!
- O que isso filha, imaginaa...Mas que ela se parece contigo, parece!


Desculpa a demora para postar, digníssimos leitores. Falta de tempo sabe? Tinha que estudar (pouquíssimo, confesso!), assistir filmes, jogar baralho, fazer palavras cruzadas e comer salgadinhos de soja. Aí sabe né? O blog ficou meio paradinho. Mas agora, tentarei ser menos relapsa com o pobrezinho!!!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Dia do Dente

Tive um sonho estranho daqueles em que não há como parar de pensar. Sonhei com DENTE. Foi esquisito. Do nada, um dente da arcada inferior caiu na minha mão e parece até que eu senti o dente caindo e a banguela aparecendo. Me atrasei, perdi o ônibus e fui para a aula pensando no tal sonho do dente:
- Meninas, vocês sabem o que significa sonhar com dente?
Só vi caras de espanto e não ouvi nenhuma resposta.
- Mas Amanda, o dente caia?
- Sim, caiu na minha mão! Vocês sabem o que significa?
Aí um silêncio fúnebre tomou conta da sala. E rapidamente, o assunto foi mudado.
Cheguei a casa, minha mãe fazia o almoço:
- Mãe, sonhei com dente hoje, sabe o que significa?
- MORTE, MINHA FILHA.
- Sério mãe? - me apavorei - e agora?
- Não filha... era brincadeirinha - tentando disfarçar - esquece isso, vai! É tudo bobagem essa história de significados de sonhos!
Voei para a internet, tentando achar o tal significado. E incrivelmente, só encontrei coisas negativas, entre elas o famoso "sonhar com dente, morte de parente."
Fazer o que né? Agora eu já tinha sonhado.
Ao meio dia, a moça que trabalha aqui em casa me contou que o cachorrinho dela morreu. Imediatamente veio na minha cabeça o sonho. Até senti um certo alívio, vai que era essa morte que meu sonho estava prevendo?
Outra definição, de quando o dente caí na mão, podia ser nascimento. O que gera tanto medo quanto a morte. Realmente, fazia dois dias que o bebê da minha amiga havia nascido. Mas ainda tinha: medo da ridicularização em público, acontecimentos ruins, perda de dinheiro, decepções amorosas, problemas no trabalho. Pronto. Meu dia tava feito.
Nesse dia, eu tinha prova de Economia. O detalhe é que eu mal frequentava as aulas e que não tinha estudado também - culpa do sonho!!!
Quando fui sair para a prova, coloquei uma sapatilhinha e enquanto eu corria para tentar chegar a tempo, a sapatilha voa do meu pé! Nem preciso dizer que a cena da Amanda tentando pegar a sapatilha igual ao Saci-Pererê foi linda. "Ridicularização em público".
A prova que era para ser as 18.30, mas como estava com superlotação, não cabia todas as pessoas na sala. Fui voluntariamente forçada a transferir para as 20 horas. "Problemas no trabalho". Fiz a prova, fui melhor do que eu esperava. Ou pelo menos achava que tinha ido. Conferi o gabarito errado. "Problemas no trabalho [2]".
Não via a hora de voltar para a casa e sonhar com algo bem bom. Ou melhor: não lembrar do meu sonho no dia seguinte!

Ah... faltou o tópico "decepções amorosas" né? Teve também! Mas esse, desculpem-me queridíssimos leitores, não será relatado (até porque está relacionado com o episódio da sapatilha e tal...seria muito constrangedor!) =p

Então, quando sonharem com DENTES, preparem-se: o dia não tende a ser nadinha agradável!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A Velhinha do Banco

Ela chegou em casa. Seu irmão e seu pai esperavam. E ela estava com aquela carinha de quem aprontaria (ou teria aprontado?) algo.
- Filha, por que se atrasou?
- Pai! Nem te conto... o senhor pediu para eu ir ao banco né?
- Aconteceu alguma coisa? Conseguiu fazer os saques e os depósitos?
- Mais ou menos... quer dizer, consegui né?! Só que tive um probleminha...
- Já sei, foi assaltada! Meu Deus minha filha, devia ter me ligado!!
- Calma Boi!! Foi assim: eu estava na fila do banco, aí tinha uma velhinha, daquelas bem vovozinhas que dá vontade de por no colo, sabe? Tipo a vovó do desenho do piu-piu. Aí, ela deixou cair uma nota de 20 reais, e eu, gentilmente, fui juntar para ela. Quando eu me abaixo, ela começa a gritar enlouquecidamente: "Sua Ladra! Devolve meu dinheiro! Sua ladra!!"
- hahahaha! Sério mana?? Que engraçado!
- Daí eu entreguei o dinheiro para ela e expliquei, que eu só estava fazendo uma gentileza, só ia juntar para entregar para ela. Mas ela continuava: "Devolve meu dinheiro! Ela pegou meu dinheiro!" Aí começou aquela bagunça: todos me olhavam e o segurança veio. Eu tentei explicar, que só ia pegar o dinheiro e devolver, assim como eu fiz. Mas a velha (antes era vovozinha!) não parava de gritar, tava louca! "Minha senhora, eu já entreguei o seu dinheiro... eu só fui pegar para você, jamais eu roubaria uma senhora" "Ainda por cima me chama de velha! Devolve meu dinheiro!"
Aí o segurança nos convidou para ir para uma salinha reservada. Me apavorei, mas como eu já inclusive tinha entregado o dinheiro, fui para tentar resolver a situação...
- O que filha? Tu foi para a salinha? E nem me ligou????
- Então pai - falou tentando segurar o riso - fui né?! Tinha que resolver, ora! Mas daí, quanto mais eu tentava falar, mais ela gritava, histericamente. O segurança disse: "Desculpa moça, mas vamos para a delegacia, tentar resolver isso!" "Como assim?? Eu não vou para a delegacia! Já entreguei o dinheiro para a senhora! Não tem câmera aqui não? Veja a fita, veja!" "Sua ladra!! Ela me roubou! Ela me roubou!" "Moça, não tem jeito, vamos resolver isso na delegacia..."
- Tu foi pra delegacia?? Hahahaha! Não acredito! Minha irmã foi pra delegas!
- Filha!! E VOCÊ NÃO ME LIGOU?
- Então... eu fui né! - a essa hora, o riso já escapava - aí, chegando lá, a velha coloca a mão no bolso e... "minha filha! Me perdoe... o dinheiro tá aqui! Mil desculpas, mas sabe, quando a idade chega a gente fica meio maluquinha!" "Mas eu disse! O tempo todo! Custava ter me escutado?" " Faz assim, eu moro aqui pertinho, vamos lá em casa tomar um chá com as meninas da terceira idade, se você não for, vou ficar me sentindo tao culpada..." Aí o que eu iria responder né?
- FILHA! VOCÊ NÃO FOI NÉ?
- Ah pai... era uma velhinha toda fofa, o senhor sabe como eu sou. Aí ela morava ali pertinho e eu não tinha como recusar...
- HAHAHAHA Minha irmã é maluca! Não acredito que tu foi!
- Chegando na casa dela, uma casa toda bonitinha, bem de vó, sabe? Aí enquanto ela foi buscar o chá, fiquei na sala. Quando eu olho, um relógio em cima da mesinha de centro... Só pensei: é agora que eu me vingo dessa velha mala!
- Ai Meu Deus! Tu não aprontou nada né?
- Não... só peguei o relógio, coloquei no bolso e... ELE DESPERTOU, EU CAÍ DA CAMA E ACORDEI! HAHAHAHAHAHA

Aí, não sei porque, eles ficaram dois dias sem falar com a pobre menina. Tadinha, uma historinha para descontrair, não faz mal a ninguém!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Na minha época...

Sempre quando meus pais me contavam as histórias de suas infâncias, eu ficava imaginando: será que eu terei algo de diferente para contar para meus filhos? Impossível que as coisas mudem tanto, como era na época deles. Minha mãe, que morava no sítio, contava que não tinha televisão, só o rádio por onde ela acompanhava as novelas. O colchão era de palha, os banhos no rio... e que ela, tadinha! Só teve uma boneca e que os porcos comeram! O meu pai morava na cidade. Mas a situação também era bem parecida. Esses dias, comecei a imaginar como seria a conversa com meu filho Creosvaldo (se ele existisse e estivesse na faixa dos 10 anos!). É absurdo como tudo muda em questão de pouquíssimo tempo, tanto hábitos quanto tecnologias!!

- Filho, sabia que na época da mamãe os celulares eram imensos e ela só ganhou o primeiro (gigante!) com quase 15 anos??
- Sério mãe?? E como você vivia?
- Isso não é nada! As máquinas fotográficas eram com filmes, nada de ver a foto na hora, tinha que levar para o laboratório, revelar e ainda queimavam. A mamãe foi ter internet também só depois de uns 13 anos... e era discada!
- Discada? Como assim?
- Ora Creosvaldo! Ela era ligada ao telefone e, enquanto ficava conectada, a linha ficava ocupada! Sem falar que era cara e só podia usar nos fins de semana ou depois da meia noite!
- E você sobrevivia sem Orkut, Msn, Twitter e Blog diariamente???
- Claro! E ainda, como forma de comunicação com os amigos a gente tinha o ICQ, que eram tipo o msn, mas com números imensos ao contrário do email e sem a possibilidade de por fotos, ligar web, passar arquivos...
- Mas como se colocava fotos?
- Scanner meu filho, scannner...
- Credo mãe! Não consigo imaginar como era tua vida sem tudo isso! Bom, mas acho que da minha época para a época dos meus filhos não vai mudar muita coisa...
- Você que pensa Creosvaldo... eu dizia a mesma coisa com relação a época da vovó!

Leitores desavisados: o Creosvaldo é apenas fruto da minha imaginação, eu não sou mamãe não! E nem tão malvada para por esse nome na pobre criança... =p
Ah... chegamos aos MIL visitantes! Fiquei bem feliz e obrigada a todos que visitam o blog.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O Lado do Creosvaldo

Minha mãe sempre tomou muito cuidado na minha educação pra que eu me tornasse, segundo ela, um gentleman. Aquele rapaz cavalheiro, romântico e que não poupa esforços para agradar uma dama. Por isso, desde novinho, fazia aulas de etiqueta, dança de salão e acompanhava um grupo de garotas, semanalmente, para desvendar os mistérios do comportamento feminino. Óbvio que mamãe Charlotte nunca imaginara o transtorno que tudo isso causaria. Fui tachado de viadinho, gay e afins. Mas contrariar a dona Charlotte? Desde pequeno aprendi que não era o mais adequado. Pelo meu bem.
As tias Sophi, Elisabeth e Dayanna, falavam que quando eu crescesse, iria entender um pouco melhor a mamãe.
Apesar de tudo isso, eu não ligava, ia a todas as aulas, aplicava os conhecimentos. A única coisa que realmente me incomodava era o fato de a Brityni, filha da tia Day, só ter olhos para aqueles dois marmanjos sem classe: o Jacksonvaldo e o Michaelvaldo. Minha mãe só podia estar muito errada! Eles eram totalmente o oposto de mim e era deles o coração da Brityni. Eu não podia fazer nada, afinal, ela mal me olhava.
As nossas vidas continuaram. Eu poderia jurar que a tinha esquecido, mas bastava acontecer o chá das nossas mães, eu ver ela e meu coração começar a bater mais forte para reacender todo aquele amor bobinho e infantil.
Apesar disso, comecei a ficar com uma garota, a Keitylucy. Ela não era uma Brityni, mas gostava de mim. Um dia, tomei a decisão: iria pedir Keitylucy em namoro. Fiz a reserva no restaurante mais romântico da cidade, encomendei rosas vermelhas e a levei. Quando eu estava indo abrir a porta do carro para Keity e iria entregar para ela as flores vermelhas, vejo a Brytini passar. Foi como nos filmes, meu olhar ficou preso ao dela e me dei conta: o que estou fazendo aqui? Jantei formalmente com Keity e quando ela perguntou qual o motivo de um jantar tão especial, terminei tudo e disse, como a mamãe ensinou, que eu queria que os momentos que passamos juntos fossem inesquecíveis e nada melhor, do que fechar com chave de ouro, em um jantar. Ela ficou triste, mas entendeu. Saí imediatamente do restaurante e fui atrás da Brityni. Ela estava na barraquinha de cachorro-quente da esquina. E para minha não tão surpresa, com o Michaelvaldo. Fui até lá, cumprimentei-os e disse:
- Brityni... vamos comer um pastel com chocoleite?
- Mas... Creosvaldo,acabei de te ver entregando rosas para a Keitylucy.
- Foi um equívoco. Sempre gostei de você e se necessário for, desaprendo tudo o que a mamãe me ensinou para ficar ao seu lado. Se você quiser, eu prometo nunca abrir a porta do carro, nunca te dar flores e vir todos os dias comer cachorro-quente.
“É... triste realidade! No fim, até o mais gentil cavalheiro acaba tornando-se um ogro. E o pior, na maioria das vezes, nós que somos as grandes responsáveis por isso...” – pensou Brityni e logo respondeu:
- Bora Creosvaldo! Mas tu tem que me prometer que será UM pastel com UM chocoleite, para não tirar o romantismo da situação!!!


A pedidos, a Brityni fica com o Creosvaldo, porém, eu não poderia dar para ela um fim totalmente feliz, afinal era ignorou o pobrezinho (sim! Eu sou uma mãe coruja!). E ela não gostava tanto dos ogros? Pois é... acabou de formar um!!hahaha

Meninas, adooorei nosso domingo das meninas, com sorvete das meninas! Agora o próximo será a double torta de morango (Dayanna) e banana (Elisabeth) das meninas!!!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

É Brityni...

Minha mãe sempre me disse: Brityni, escolha bem os rapazes com quem você decidir se envolver, eu já tive a sua idade!
Quando éramos crianças e nossas mães faziam aqueles chás, eu não dava a mínima pro Creovasdo, filho da tia Charlotte. Era um menino chato, só sabia conversar sobre assuntos de interesses mundiais e, ao invés de me convidar para jogar bola, não! Queria me ensinar a dançar tango. Sem falar que estava sempre impecável e com hábitos de etiqueta que nem eu, uma mocinha, tinha. Enquanto isso, o Jacksonvaldo, filho da tia Sophi e o Michaelvaldo, filho da tia Elisabeth eram aqueles garotos legais, descolados e desde pequenos já arrasavam o coração das meninas. Nunca vou esquecer do dia em que os dois trocaram o açúcar pelo sal e fizeram uma decoração toda especial na torta da mamãe, usando as orquídeas que ela cultivava!
Fomos crescendo, os chás continuaram e comecei a perceber que, com exceção do Creosvaldo, os meninos eram o máximo! Ta certo, meio cafajestes, pegavam geral, mas eram encantadores! A situação era sempre a mesma: eu sentada no meio dos dois garotos (suuper indecisa!) e o Creosvaldo ou lendo, ou estudando, mas sempre no canto dele. Cheguei a ficar com o Jacksonvaldo e com o Michaelvaldo. Era engraçado, enquanto eu conversava com um, mandava mensagem para o celular do outro. As tias sempre dizem que eu puxei a mamãe Dayanna neste aspecto!
O tempo foi passando e eu fui descobrindo (desculpa tia Beth e tia Sophi) que os meninos não prestavam. Era um mais canalha que o outro e, pasmem, os dois me fizeram sofrer muito.
Um dia, fui dar uma volta com o Michaelvaldo e, quando passo em frente aquele restaurante chiquérrimo – que eu nunca fui, os meninos no máximo me convidavam para comer um cachorro-quente na barraquinha da esquina – quem eu vejo? O Creosvaldo descendo do carro, chamando o garçom - que veio com um super buquê de rosas - e abrindo a porta para a garota que estava com ele, perdidamente apaixonado. Na hora pensei: é... perdi playboy, bem que a mãe avisou. E fui comer o cachorro-quente da esquina.

Garotas, nossos chás são sempre inesquecíveis e sempre rendem histórias para o blog! Adoro vocês e mais ainda as tortas deliciosas de morango e de banana!! hahahaha

domingo, 6 de setembro de 2009

Primos Investidores

Aniversário do meu primo. Família reunida, salgadinhos, docinhos e todas essas coisas gostosas. O papo fluía super bem, estávamos fazendo uma análise imparcial sobre a influência da queda do dólar na bolsa de valores e o que isso afetaria nos nossos negócios em Paris (do jatinho eu não vou abrir mão, não vou mesmo!). Até que um primo, que estava meio pensativo fala:
- Gente... sabem como é o nome da cidade do riso?
Todos pararam. Será que a cidade do riso seria mais um foco de desenvolvimento para que possamos investir e aumentar a nossa fortuna? Ficaram apreensivos, já imaginando mil negócios para serem montados na cidade do riso e até já iniciamos a discussão sobre como seria feito o rateio dos lucros (essa parte é a mais crítica). Quando o “pau tava fechando” (eu já disse: não vou dispensar o jatinho!!!) o primo só deu uma risadinha e disse:
- Calma galera! O nome da cidade do riso é Risóles. Há há.
Os primos investidores ficaram decepcionados (eu até que fiquei aliviada, vou poder continuar com o jatinho..yes!) e ninguém, ninguém riu da piada.

Ok...confesso que viajei, fui looonge no texto de hoje! Tudo isso porque a super esperta aqui não entendeu a piadinha de primeira, daí, para eu não parecer tão monguinha, criei uma histórinha (até rimou!!)
Primos, adoro vocês e são sempre divertidíssimas as reuniões de família! E como eu descobri que vocês são assíduos leitores do "brog" resolvi postar pra vocês! Eu sei... sou uma fofa mesmo!!!!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Nomes

É engraçado como os pais escolhem os nomes dos filhos. No meu caso, minha mãe queria que meu nome fosse Amanda, porque tinha uma menina com esse nome no Balão Mágico ou Trem da Alegria. Já meu pai adorava Vanessa. Resolveram perguntar pro meu irmão, na época com dois aninhos o que ele preferia:
- Filho, você quer que a maninha que está dentro da barriga da mamãe se chame Amanda ou Vanessa?
- Nenhum dos dois. Quero que seja Uni.
- Uni filho, mas...
- É. Já que vou ter uma irmã, quero que ela seja igual à Uni, da Caverna do Dragão!
- Mas tua maninha não vai ser um unicórnio...
- Então não quero ter irmã, ora!!!

Já que meu querido irmão não ajudou na escolha (ainda bem!!) eles escolheram um método simples e eficiente: par ou ímpar - espero que pelo menos tenha sido com "melhor de três!"
Bom, vocês já sabem quem ganhou!!!

A escolha do nome no meu irmão mais velho foi um pouco diferente. A mãe queria que fosse Allan, o pai Kaio César.
Um dia, quando a mãe estava dormindo, meu pai simplesmente foi até as lembrancinhas e escreveu em todas "Kaio César", aí a mãe não teve como mudar e teve que se conformar!!!
***

Ontem eu estava lendo o jornal e adivinha qual filme está passando no cinema?? A Mulher-Invísivel! É um filme brasileiro, com a Luana Piovani e Selton Mello. Além de eu me identificar com o título (interessados ler o post Sobre a Invisibilidade) O nome da protagonista é Amanda. Interessante, né??
Alguém quer ir ao cinema???
=p

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

...

Estava em minha casa, solitário. Sempre fui em homem de poucas palavras, poucos amigos e poucos sentimentos. Posso afirmar que foram raras as pessoas que eu realmente amei.
Em uma noite fria, recebi um telefonema: Roberto faleceu. Imediatamente a angústia e o remorso tomaram conta de mim. Ele não podia morrer, não agora. Não antes de resolvermos aquela antiga briga que tivemos no auge de nossa adolescência. Culpa do coração confuso da Antônia. Belíssima Antônia. Não fui ao velório. Jamais conseguiria olhar para Roberto naquele estado. Morto.
O dia nasceu nublado e frio, refletindo meu estado de espírito. Coloquei o sobretudo e fui ao enterro. Chovia e ventava, mas era a última oportunidade que eu teria para demonstrar o quanto, apesar de tudo, amava meu irmão.
Para minha surpresa, o motivo de nossa briga estava lá, linda como nos tempos de juventude. Senti meu coração bater mais forte, minhas mãos foram ficando úmidas e trêmulas, o ar parecia não vencer a demanda de meu corpo. Não. Eu não poderia reacender aquela paixão. Não hoje, com meu irmão em baixo da terra.

Conto escrito em um dos exercícios do Curso de Formação de Escritores. Estou meio nostálgica hoje, por isso, resolvi postá-lo!!!

Perdi Playboy

Sempre pela manhã eu vou de carona com o meu pai. Normalmente saímos sete e meia, sete e trinta e cinco. Normalmente eu me atraso (não é fácil dar um “jeitinho” na cara de sono, no cabelo revoltado e no guarda-roupa de mal-humor). Normalmente ele, irritado, me espera.
- Tchau Amanda
- Espera pai, já desço, vai tirando o carro.
- Se você não estiver lá em baixo a hora que eu for você fica.
Nunca acreditei que chegaria o dia em que ele me deixaria. Até porque, na minha incrédula mente, ele jamais deixaria a “princesinha do papai” porque a coitadinha se atrasou uns minutinhos. Tá, vários minutinhos.
Hoje, a hora que eu desci, vi o portão da garagem fechando. E o carro na primeira esquina depois de casa. Tive um ataque de riso: “não é que ele me deixou mesmo?!” Pensei em correr até lá, mas daí, correr às oito horas da manhã fica complicado. Peguei um ônibus e liguei pra ele:
- Oi boi, Me deixou hoje?
- É... perdeu playboy! Há há.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

É Pai...

Meu pai conhece ditados populares, que são tão populares que ninguém nunca ouviu falar. O de hoje, durante a execução da lição de casa do meu priminho (o mesmo do show) e as idéias (quase mirabolantes) da Amanda foi esse:
"Tá bom isso daí já.
O Diabo enfeitou tanto os olhos do filho que acabou furando."

Agradecimentos ao pai, por estar sempre colaborando com situações e frases inusitadas para o blog!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Reunião Familiar

Ela volta da aula triste e com os olhos cheios de lágrimas. Chegando a casa, senta-se e almoça em silêncio.
- Filha, aconteceu alguma coisa?
- Depois do almoço convoco reunião familiar na sala. Assunto urgente e de extrema prioridade.
- Você não tá legal. Alguma notícia triste?
- Depois do almoço.
A frieza da garota toma conta da cozinha. Agora, observa-se em todos os olhares a curiosidade e preocupação. Exceto no dela: este se encontra repleto de angústia e medo. Seria esse o momento adequado de fazer essa revelação? Ela não sabia como reagiriam. É a primeira a terminar o almoço. Vai diretamente para a sala onde aguarda, em pé e ansiosa, os outros integrantes da família.
Todos chegam. Ela sinaliza para que sentem. Um nó forma-se na sua garganta. As palavras não saem. Seus pensamentos entram em lapso. Fica imóvel e muda.
- Ooow maninha?! Vamos de uma vez com isso! Tenho mais o que fazer!
- Calma. A notícia não é agradável. Preciso me preparar.
- Para com isso e fala de uma vez! Quem que morreu?
Risos nervosos tentam dominar e aliviar a tensão do ambiente.
- Por enquanto ninguém "querido maninho". Mas se não ficar em silêncio, poderá ser o próximo.
O silêncio mortuário volta. Realmente, ela não está para brincadeiras.
- Ok. Vamos começar a reunião. Convoquei todos porque precisava fazer um comunicado urgente. O acontecimento refere-se somente a minha vida. Porém, achei digno informar a vocês, afinal, são minha família.
- Filhota, estou ficando apreensiva, fala logo!
Ela respira fundo e...
- ESTOU GRÁVIDA!
***Sua mãe quase desmaia, seu pai diz que quer morrer...***
- Como assim? Quem é o pai?
- De quanto tempo minha filha? Você nem namorado tem...
- Yes! Vou ser titio! É menino ou menina mana?? - Sim. Ela tinha um irmão sem noção.
A casa virou. O silêncio deu lugar a uma histeria. Todos falavam ao mesmo tempo, faziam inúmeras perguntas a ela, "e o futuro desta criança?". A garota estava com um olhar leve e um sorrisinho no canto dos lábios.
Quando a situação estava ficando extremamente caótica resolveu falar:
- Ei! Silêncio galera! - começou a gargalhar - não acredito que vocês caíram nessa! "Pegadinha do Malandro"! Ham?! Ham?! Essa foi boa, né?
O olhar dos seus familiares era de raiva e alívio. "Apesar do susto, melhor assim" pensava a mãe.
- Mas... filha, então a reunião foi pra nada?
- Não mãe! Realmente eu tenho que falar com vocês. - ainda dando risada das caras assustadas - É que eu... bem... reprovei em parasitologia!
- O que?? - percebia-se a ira no olhar de sua mãe.
- Calma, antes uma reprovação do que um netinho, não acha?!
Deu um sorrisinho, acompanhado de uma piscadela e foi para o seu quarto, tranquila e serena. Os membros da família ficaram na sala, incrédulos da capacidade da garota de criar toda uma história para não ganhar castigo. "É, um netinho seria bem pior!" Pensou a mãe, já conformada com a reprovação.


Queridos leitores, antes que comecem a perguntar, claro que a garota da história não sou eu! Vocês acham que eu inventaria tamanha mentira?
Tá... confesso. Eu bem que tentei, mas comecei a rir na hora de dizer que eu estava grávida!

E "leitores anônimos": adoro quando deixam comentários. Ajudam a saber se vocês estão gostando e me estimulam a escrever!

domingo, 16 de agosto de 2009

Cream Cheese

Fomos eu e meu irmão ao mercado fazer as compras do mês. Passando pela seção dos frios, vejo cream cheese:
- Mano, o cream cheese acabou e tá na promoção, vamos levar?
- Não. Não precisa.
- Mas olha esses com sabores! Tem de ervas finas, salame com pepino, queijo(?)...
- Salame com pepino?! Vamos levar!
- Ah não! Ervas finas ou tradicional!
- Ervas finas é coisa de viadinho! Imagina meus amigos chegando lá em casa e eu servindo coisinha de ervas finas... Nem pensar. É o de salame com pepino.
- Realmente... Salame e pepino são comidas extremamente másculas!