domingo, 19 de setembro de 2010

Estaleirinho's Cassino II

...a cada dia apareciam novas duplas, dos mais diferentes lugares do mundo querendo desbancá-los. Era impossível. Alguns diziam que "era coisa feita", outros juravam que era "apenas sorte, um dia passa". Mas o dia não passava, a dupla estava cada vez melhor. Encaravam todos os desafios. Os pratos sujos e a Exame ficaram abandonados. Tinha torcida organizada contra eles. Todos contra eles. E quando falavam nos seus passados a surpresa era certa. Como uma duplinha que surgiu do nada está desbancando os melhores e mais profissionais jogadores? Não sei. Ninguém sabe.
Tornaram-se jogadores residentes do Estaca. Recebiam milhões. Quando tiravam folga, iam jogar pelo mundo. E ganhavam milhões. Três anos depois de muito glamour e fama, totalmente invictos, resolveram ter uma conversa séria. Sentiam um vazio, faltava algo que o jogo não podia suprir. O intelectual queria ser advogado e dominar o mundo. A faxineira queria... bem, a faxineira não sabia o que queria, apesar de sentir falta das suas conversas com o Sr. Prato e com a Sra. Vassoura.
- Vamos perder nessa temporada?
- É... acho que sim. Sinto falta dos pratos.
- Cansei de jogar, essa vida capitalista não está me fazendo bem. Quero ser advogado pra ajudar os pobres!!!
- HAHAHAHAHA!!! Desculpa, sabendo de toda sua história e luta socialista acho que é o melhor a ser feito.
- É hoje. Ganharemos a primeira partida. Quando estivermos, novamente, com toda a moral, perderemos.
- Acho que temos que perder pra uma dupla iniciante, quem sabe eles não são os novos "nós"?
E assim foi. Sentaram-se à mesa. Ganharam. Comemoram. Dupla seguinte. Iniciaram ganhando. O sinal foi feito. Decaíram. Perderam. "Queremos melhor de três!" falou a dupla iniciante. "Não, obrigada. Vocês são bons demais pra nós. Não queremos ser humilhados". Alegria no rosto da nova dupla. Os novos "Eles" do Estaca. Decepção e pavor estampados nas expressões dos demais.
Dever cumprido. Mas será que o Estaleirinho's Cassino aguentaria a saída de seus mais nobres e vitoriosos jogadores? Ou voltaria a ser o cassino de fundo de quintal?? E a faxineira?? Voltou a lavar pratos? O intelectual se tornou advogado dos pobres (cof!!)????? Não perca o próximo capítulo de....


...Chega né?? Agora, é com a imaginação de vocês!!


Bom queridos leitores, assim terminou a temporada do Estaca setembro/2010. Porém, um aviso aos adversários da dupla genial: nos fins de semana de janeiro a dupla voltará. E voltará com t-u-d-o. Somente nos fins de semana, já que desistiram dos milhões do jogo e agora eles tem que trabalhar/estagiar para adquirir suas fortunas. Não comento mais sobre minha vida acadêmica aqui. Acho que vocês, digníssimos leitores, não estão me passando energias positivas. Ou eu que não estou estudando. Ah, temos que descobrir também quem é o "Rodrigo Falsário" que comentou negativamente no post anterior. Isso só pode ser coisa de adversário frustrado. Tenho minha suspeita, mas não vou revelar pra não perder o mistério!!!!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Estaleirinho's Cassino I

Lugar distante, quase paradisíaco e deserto (exceto pelo bar-point-descolado que já citei aqui) cenário perfeito para esconder um dos maiores e mais badalado cassinos clandestinos do mundo: O Estaleirinho´s Cassino. Palco de grandes jogos, muito dinheiro e muito glamuor.
Antigamente, o Estaca (apelido para os íntimos) nem era tão badalado assim, era simplesmente um cassininho de fundo de quintal. Até que, em um memorável dia, a garçonete/faxineira do cassino resolveu jogar. Todos desacreditados, afinal, o que ela estava querendo? Empobrecer ainda mais? Mas ela sabia do seu potencial. Sabia que anos de trabalho árduo naquele local render-lhe-iam uma boa dose de experiência. Sabia que os "poderosos" tinham suas fraquezas e suas falhas. Sabia tudo. O problema seria arrumar um parceiro que acreditasse em tudo isso.
Não foi uma tarefa fácil. Porém, em um cantinho do cassino, com sua Coca Zero e sua revista Exame estava um ser envolto em toda sua intelectualidade. "Jogar? Eu? Tá maluca!" Mas a persistência era seu forte e ele era sua única opção. Convenceu-o. Sabia que apesar da pouca experiência e de seus neurônios um pouco atingidos ele poderia ser uma boa dupla.
Precisavam passar credibilidade. Criaram códigos que desestruturariam os adversários. Passe de energia simulando uma corrente elétrica com o dedinho do ET (aquele do filme, sabe?). Toque mágico "yes panterinha". Bate - o telefone na cara do pobre. Tudo eram artifícios, passavam uma idéia de amadorismo. E os adversários, pobres adversários, acreditando no pseudo-amadorismo e em si mesmos, deixavam-se levar pelo "já está ganho", o orgulho tomava conta e... perdiam. A dupla inesperada dava shows e lucrava muito para o cassino. Alguém lembra da faxineira? E do "intelectual" do canto? Não. Agora só se falavam neles: a dupla que foi capaz de colocar o Estaleirinho's Cassino no mapa. A casa enchia. Todos queriam presenciar o carteado e as vitórias da dupla. "Perder não é tão ruim. O pior é perder pra eles!" E saia mais uma dupla, derrotada, de cabeça baixa, inconformados com tanta inteligência e habilidade.

Continua no próximo post...

Sempre quis escrever um texto em duas partes! Espero que eu não demore muito pra postar e possa contar o que aconteceu com o Estaca pra vocês, sem deixar que os excelentíssimos leitores morram de curiosidade (apesar de o texto não provocar curiosidade, mas deixa eu me iludir).
A prova de segunda não foi legal. Eu tremia. Não sabia nada (lalalala). Mas tudo bem, foi só a primeira dessa disciplina. Tem o exame final ainda!!! A próxima prova é sexta, torçam por mim!!!

sábado, 11 de setembro de 2010

Vendedores de Picolés

Imaginem a situação: você deitado, em uma noite insuportavelmente quente de verão, esperando o sono chegar, quando, de repente... TOCA UM APITO!
Você levanta, abre a janela e com uma habilidade incrível, o ser que apitou lança um... PICOLÉ!!!!! Lógico que antes disso, obrigatoriamente, você envia o aviãozinho feito com uma nota de "dôreau" e ele pergunta o sabor. Não seria perfeito?

Pois é. Até alguns anos atrás, eu imaginava e acreditava na cena descrita acima. Porém, como meu quarto era na lateral do prédio, eu sabia que o vendedor de picolés jamais me veria. Apesar de que, eu confesso, ter olhado na janela de madrugada várias vezes, na esperança do vendedor me ver e lançar meu picolé. Tá, era meio impossível lançar o picolé três andares acima, mas mesmo assim, eu acreditava no apito do vendedor de picolés.
Outra situação: saindo da balada com uma fominha, não daquelas de devorar um cheese bacon duplo com uma coca zero mas uma fominha justamente de algo leve, docinho (glicose né?) como um... picolé! Eu ficaria extremamente feliz em encontrar um carrinho apitando na saída da balada. Não concorda?
Certo dia, família almoçando e falando do caos da segurança e de que "é um absurdo vivermos trancados enquanto os bandidos estão soltos" e afins, citam as motos que fazem segurança privada e que apitam de madrugada. Pronto. Desilusão na hora. Sonhos do picolé indo por água abaixo. Minha expressão muda, não consigo esconder a tristeza.
- O que aconteceu Amanda?
- Nada não é que eu sempre achei que os apitos fossem de vendedores de picolés... mas tudo bem, eu vou conseguir conviver com essa verdade.
Saio da mesa, olhos cheios de lágrimas. "Justo agora que meu quarto é na frente não tem mais picolés?". Sacanagem. Ouço risadas incrédulas vindo da cozinha.

Olá leitores! Já sei... "blog atualizado só em ano bissexto" Mas fazer o que né? Eu tenho uma prova dificílima segunda-feira e ao contrário de estar estudando estou postando!! Sintam-se honrados. Na verdade, o blog foi desculpa pra não estudar e não o contrário, mas deixem prá lá. Ah... a coca zero em destaque foi em homenagem ao assíduo leitor que no feriado cobrou atualização e pediu coca zero nos restaurantes.