quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Futebol

Futebol. Esta aí uma coisa quase indecifrável para a maioria das mulheres. É incrível como um bando de homens suados fascinam e prendem a atenção do universo masculino, a ponto de nada, nadinha tirar os olhos deles da TV. E incrível também como eles enlouquecem com as perguntas e dúvidas femininas.
Certo dia, para tentar entender tal fascínio resolvi assistir um jogo em companhia masculina. Confesso que minha primeira impressão foi péssima: não entendi o porquê de meias tão compridas e calções tão grandes se a maioria dos jogadores tem pernas lindas, que merecem ser admiradas. Uma dica para as leitoras, que resolverem se aventurar no mundo futebolístico: jamais teçam comentários ou façam perguntas a respeito da forma física dos jogadores, (ou das vestimentas "inadequadas" deles!) se não quiserem ser expulsas da sala. Ou da casa.
Após muita insistência e argumentos sobre minha pergunta, eles deixaram eu ficar, sob a condição de silêncio absoluto. O jogo corria normal, até que o time adversário fez um gol e eu não ouvi nenhum palavrão, nenhuma manifestação de tristeza e resolvi quebrar o voto de silêncio:
- Por que não foi gol?
- Ele tava impedido.
- Impedido de que?
- De fazer o gol, né? Não viu o bandeirinha marcar impedimento?
- O que é impedimento?
- É quando o jogador tá impedido!! Comentários femininos são tão brochantes! Se você não ficar quietinha, vai ser expulsa sumariamente.
Após a ameaça e a resposta esclarecedora, assisti mais um pouco, aconteceu um gol do "time de coração", no qual o jogador não estava impedido (?) e veio toda aquela comemoração esdrúxula, com abraços, beijos, gritos e correria.
Eu saí da sala e fui ler um livro. Mas se algum dia, uma alma caridosa com bastante testosterona, resolver me explicar o que é impedimento, ficarei extremamente grata!

Olá leitores ingratos (sim. continuo chateada). O texto de hoje foi sugestão de um leitor. Estou (finalmente!) entrando em férias, portanto, não esperem que eu retorne antes do dia 20 de Janeiro (como se vocês se importassem com isso. hunf.). O texto não tem mistério, mas tem uma particularidade. Leitores espertos, assíduos ou antigos entenderão. Feliz 2011!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Dançar? Eu?

Quem convive comigo sabe que não sou muito adepta a danças, independente do ritmo musical. Já tentei fazer curso de dança gaúcha, apesar de não gostar muito do ritmo. Não bastou um: fiz dois. Pobre do meu par... no meio da música eu tinha sérios ataques de riso ao olhar pro espelho: parecia uma garça saltitante. Isso sem falar na absurda falta de ritmo: "Amanda, é só escutar a música, oh, um dois, um dois". Até hoje não consigo conciliar o movimento dos meus pés com o que eu escuto. Mas eu achava que em baladinhas eu me saia bem e dançava muito. Isso até o verão passado. Tem um clube de praia que eu sempre queria ir mas na época que meu irmão e meu primo frequentavam eu não tinha idade ("Mas faltam 3 dias pra eu ter 18!" "Isso mesmo, faltam três dias. Tchau Amanda!") Nesse verão (sim, três anos depois de ter a idade mínima) consegui convencer o mano a me acompanhar. Eu tava empolgadíssima, afinal, eu iria (depois de quatro horas de fila chegamos, mas isso é outra história) finalmente depois de tantos anos ouvindo o "tchau Amanda". Dancei, dancei e dancei. Até que, no auge da minha empolgação, meu irmão diz: "Amanda, menos. Você parece uma animadora de festa infantil."
Parei na hora. Animadora de festa infantil não dá. Tudo bem. A partir desse momento criei a dancinha básica, somente para socialização: mexo a cabeça (tento no ritmo, mas é complicado)e movimento um dos pés. Estava tudo bem até que um dia me falaram que eu parecia um boneco de Olinda dançando. Talvez a altura com o salto exagerado aliado com uma total falta de ritmo levaram a essa observação. Poxa. Agora eu me sinto um Boneco de Olinda animando festa infantil. É, preciso de um curso de dança. Urgente.

Leitores amados!! Morreram de saudades de mim? A criatividade tá baixa novamente. É, crise. Aí quando eu escrevo ou fica muito ruim e eu não consigo terminar ou são textos na categoria impublicáveis, que não saem da página de rascunho. Bom, TO NA NONA!!! Nem acredito que o semestre acabou e eu consegui. A faculdade acabou comigo e com minha vida social. Ok, agora já é draminha!!! Acho que eu não escrevo até o Natal, então... Feliz Natal!! ha ha.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Jacarés

Update 2: acabei de descobrir que o anônimo de sempre não é o anônimo deste texto. Maais mistério!

Update: Como praticamente revelei o "mistério" do texto pro leitor anônimo (tá, só dei dicas mais específicas), achei justo dar uma facilitada: as frases reveladoras estão em destaque. Agora é impossível não descobrir do que realmente o texto fala! Só não se decepcionem, detesto criar expectativas.

Era um homem elegante, discreto. Empresário bem sucedido que tinha como hobby uma estimável criação de jacarés. Mas não eram simples jacarés do Pantanal Brasileiro, os jacarés dele vinham no mínimo da França, exceto um filhotinho que nasceu no Peru, mas junto a outros tantos franceses, adquiriu a mesma classe. O seu afeto era tão grande que mantinha a criação do lado esquerdo do peito.
Não divulgava seu hobby aos quatro ventos. Mantinha a total discrição, tanto que poucos amigos sabiam. E os que sabiam, no início repreendiam, afinal, o gasto com aquisições de novos jacarés sem retorno nenhum, apenas para embelezar sua vida, era grande. Mas ao ver seu sorriso de satisfação admirando a criação entendiam. E até sorriam, ao ver o amigo tão extasiado.
Um dia resolveu ampliar a criação. Foi até o centro especializado e adquiriu novos exemplares. Porém, alguns filhotinhos ainda não estavam aptos a se juntar com a criação e ele teve que deixar para levá-los na segunda-feira.
Segunda-feira, negócios a mil, ocupadíssimo, ligou pra sua filha e pediu que ela buscasse a encomenda. Não se deu conta que a filha não sabia da criação, muito menos que ela levaria um susto ao ver os espécimes. A filha solicita como sempre, não negou ajuda e foi até o local indicado pelo pai. Ao ver aquelas duas lindas criaturinhas não escondeu o espanto:
- Tem certeza que é do pai?
- Claro! Ele já é nosso cliente antigo.
- E como eu vou levar isso sem estragar?
- Seu carro está perto? Eles são resistentes!!
E lá foi ela. Acompanhada de dois jacarés, tentando escondê-los de todo o jeito, afinal, causa no mínimo estranheza ser vista com jacarés. Sem falar no medo. Se uma dessas criaturas resolve fugir, ela estava frita!!
Conseguiu, chegou até o carro, que não estava tão perto assim e voltou para a casa com cara de dever cumprido. Colocou os bichanos sobre a cama de seu pai e quando ele chegou, foi prontamente contar pra ele da sua "aventura" e da sua surpresa em saber que ele cultivava essas lindas criaturinhas. O pai olha. Fica sério. Faltava um. O coração dela dispara "tenho certeza que só tinha dois!”. Só faltava um ser tão filhotinho que ela tivesse perdido no caminho. O pai liga para o estabelecimento e eles confirmam que um realmente tinha ficado. "Falha de nossa atendente, mil desculpas senhor." Ela respira aliviada e não resiste:
- Paiê, que uma sócia?
- No que?
- Na criação de jacarés, ora!!!
- Deixa de ser brega menina e vai dormir!!!!!


Olá leitores! Nem demorei muito, viram? Na verdade, tenho duas provas amanhã. Mas como eu precisava relaxar depois de ter feito uma bem trágica, resolvi escrever pra vocês. Ah, ontem eu bati minha cabeça na janela e formou um galo ( o pior é que eu havia visto que a janela estava aberta). Minha mãe disse que pode ficar roxo e "descer" pro olho, parecendo que eu levei uma pancada. Alguém sabe a veracidade dessa informação?? Talvez a história de hoje esteja confusa. Mas leitores espertos entenderão de primeira. Tem várias dicas no texto!!!

Ah, torçam para que eu sobreviva a esse fim de semestre!!!

sábado, 13 de novembro de 2010

Minha mãe me ama.

Dia de compras!! Como eu estava estressada (a faculdade, claro!) e nem eu estava aturando meu mau humor, a mãe resolveu me levar para um dia de compras e mudança no cabelo. Sempre resolve compensar meu estado emocional péssimo com idas a lojas.
Óbvio que eu não estava super arrumada, afinal, nem ânimo eu tinha pra isso. Tudo ocorria bem, vestidinhos, blusinhas, calça e quando meu humor começa a melhorar... passa um mendigo. Mas não era um mendigo qualquer, era um mendigo meio mano.Bem estranho.
- Olááá sogrinha!!!
Não segurei o riso. Nem a mãe. Ok, uma piadinha. Mas não. A mãe não podia deixar só por isso. Quando já estávamos bem longe da criatura e esquecendo a situação, a mãe fala:
- Olha filha... isso é um bom sinal!
- Hã? Sinal de que mãe?
- Do mendigo. Pelo menos alguém ainda te acha bonita.

Muito obrigada mãe. Agora me sinto bem melhor. Pra compensar, com certeza, vou precisar daquele sapato de cinderela que vimos na outra loja!!!!!!!!



Olá leitores Anônimo, Pai e Rodrigo!!! Resolvi nominá-los, já que escrevo exclusivamente pra vocês!! Não tenho nada pra falar hoje na historinha-fim-de-post. Já vou avisando que acho que vão ficar sem publicação por um bom tempo. Fim de semestre, sabem como é né?? Ah, só pra não dizerem que eu sou mimada e futil, eu não ganhei o sapato de cinderela. Não tinha meu número.

domingo, 31 de outubro de 2010

Meu irmão me ama.

Conversa com meu irmão, no msn:
- Oiiiiiiiii. Seu pai tem boi??
- Oi. Não. Ele tem uma cadela.
- Cadela?
- É. A filha dele. HAHAHAHAHAHA
- Mas eu não sou cadela. Sou um peixe-borboleta. Quer ver?
- Não. Tá frio. Me ferrei.
- Quer que eu te busque?
- Não. Vou demorar.
- Mas tá frio... e escuro. E no escuro tem monstros verdes.
- Tá bom Amanda.


Vai dizer? É muito amor entre irmãos!!!

Olá leitores! Ando com preguiça de atualizar o blog, ainda bem que meu irmão acabou de ser super gentil comigo no msn. Lembram do Rodrigo Falsário? É... era o Kaio mesmo. Outro dia eu conto como ele se entregou, quer dizer, como eu descobri. Sempre é fácil enrolar irmão mais velho. Como disse o Rodriguinho, SEMPRE os caçulas são mais inteligentes.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Desmoralizando seu Irmão

Acho que irmãos nunca crescem. Sempre estarão implicando um com o outro e fazendo brincadeiras idiotas, porém divertidíssimas. Esses dias comecei a analisar e percebi que as brincadeiras e provocações são exatamente as mesmas. Entre tantas, as que mais se destacam é a do lambo e a dança do dedinho.
A dança do dedinho tem algumas regras básicas: deve ser realizada durante uma conversa séria do seu irmão com alguém e você deve ficar de frente pra ele, porém o outro interlocutor tem que estar de costas pra você. É comumente utilizada quando a conversa é realmente séria e preferencialmente com o pai ou a mãe. Enquanto a pessoa fala, a dança é realizada, de modo que somente teu irmão te veja. Dependendo do humor dele, as reações são diferentes: ele pode começar a rir e aumentar o grau de irritação do pai/mãe (ah é? você apronta e ainda acha engraçado?!)ou ele pode usar o tradicional "paiê, a mana tá mostrando o dedo pra mim". No segundo caso aconselho muita agilidade, para parar rapidamente a dança, mudar a expressão de riso para "concordo plenamente com você pai/mãe", balançando a cabeça afirmamente (também pode-se colocar a mão no queixo, para dar mais credibilidade). Em caso de questionamentos sobre o dedo o melhor é fingir que não sabe o que está acontecendo: "Dedo, hã? Acha mesmo que eu faria isso?"
Certo dia, estávamos eu, meu irmão e minha cunhada na cozinha. A disposição dos lugares era perfeita para a realização da dança. Enquanto o mano e a cunhada conversavam, eu comecei a realizar a dança. Ele ria. Minha cunhada ficou perdida. Ele explicou todo o procedimento e efetuou a dança do dedinho. Minha cunhada, incrédula, falou: "A Amanda?? Duvido! Ela não faria isso!" É gente, lado positivo de ter cara de garota delicada. Claro que eu concordei. E ele insistia. Precisava provar a todo custo que eu, a Amanda Delicada fazia a dança do dedinho sim! Preparou a armadilha: eu ainda estava na cozinha, minha cunhada ficou "escondida" no corredor, ele foi até a entrada da cozinha, de maneira que eu e minha cunhada o visse. Realizou a dança do dedinho mais ridícula da vida dele, esperando que eu respondesse a altura. Olhei pra ele, fiz cara de séria e... "Ai Kaio, que ridículo, deixa de ser idiota! Tá na hora de crescer né?" E saí (segurando a risada!). Ele desanimou. Minha cunhada ria. "Amor... eu juro que a Amanda fazia a dancinha. Acredita em mim!" falou ele, desmoralizado.


Olá leitores! Sei que faz tempo que não apareço, mas a vida tá uma correria. Com direito a overdose de café e noites não dormidas. Tudo isso devido a que?? Faculdade, claaaro. Agora acredito que a pior semana (até semana que vem) passou. Ando otimista ultimamente.
Tive muitas dúvidas se postava a historinha de hoje. A primeira com relação ao meu irmão, tadinho. Fiquei com peninha dele quando minha cunhada não acreditou. E a segunda, mais óbvia, é que com esse post eu perco imediatamente toda minha classe delicadeza (aham. sou uma lady) e remoralizo meu irmão. Mandei o email com o texto para o Kaio, com a seguinte pergunta: "É publicável?" Resposta: "hahaha mto bom." Acho que é um sim né??? Apesar de eu ter certeza que a resposta não passa de uma estratégia dele, no estilo "Ela admitiu!! Viu?? Eu tava certo!"

domingo, 19 de setembro de 2010

Estaleirinho's Cassino II

...a cada dia apareciam novas duplas, dos mais diferentes lugares do mundo querendo desbancá-los. Era impossível. Alguns diziam que "era coisa feita", outros juravam que era "apenas sorte, um dia passa". Mas o dia não passava, a dupla estava cada vez melhor. Encaravam todos os desafios. Os pratos sujos e a Exame ficaram abandonados. Tinha torcida organizada contra eles. Todos contra eles. E quando falavam nos seus passados a surpresa era certa. Como uma duplinha que surgiu do nada está desbancando os melhores e mais profissionais jogadores? Não sei. Ninguém sabe.
Tornaram-se jogadores residentes do Estaca. Recebiam milhões. Quando tiravam folga, iam jogar pelo mundo. E ganhavam milhões. Três anos depois de muito glamour e fama, totalmente invictos, resolveram ter uma conversa séria. Sentiam um vazio, faltava algo que o jogo não podia suprir. O intelectual queria ser advogado e dominar o mundo. A faxineira queria... bem, a faxineira não sabia o que queria, apesar de sentir falta das suas conversas com o Sr. Prato e com a Sra. Vassoura.
- Vamos perder nessa temporada?
- É... acho que sim. Sinto falta dos pratos.
- Cansei de jogar, essa vida capitalista não está me fazendo bem. Quero ser advogado pra ajudar os pobres!!!
- HAHAHAHAHA!!! Desculpa, sabendo de toda sua história e luta socialista acho que é o melhor a ser feito.
- É hoje. Ganharemos a primeira partida. Quando estivermos, novamente, com toda a moral, perderemos.
- Acho que temos que perder pra uma dupla iniciante, quem sabe eles não são os novos "nós"?
E assim foi. Sentaram-se à mesa. Ganharam. Comemoram. Dupla seguinte. Iniciaram ganhando. O sinal foi feito. Decaíram. Perderam. "Queremos melhor de três!" falou a dupla iniciante. "Não, obrigada. Vocês são bons demais pra nós. Não queremos ser humilhados". Alegria no rosto da nova dupla. Os novos "Eles" do Estaca. Decepção e pavor estampados nas expressões dos demais.
Dever cumprido. Mas será que o Estaleirinho's Cassino aguentaria a saída de seus mais nobres e vitoriosos jogadores? Ou voltaria a ser o cassino de fundo de quintal?? E a faxineira?? Voltou a lavar pratos? O intelectual se tornou advogado dos pobres (cof!!)????? Não perca o próximo capítulo de....


...Chega né?? Agora, é com a imaginação de vocês!!


Bom queridos leitores, assim terminou a temporada do Estaca setembro/2010. Porém, um aviso aos adversários da dupla genial: nos fins de semana de janeiro a dupla voltará. E voltará com t-u-d-o. Somente nos fins de semana, já que desistiram dos milhões do jogo e agora eles tem que trabalhar/estagiar para adquirir suas fortunas. Não comento mais sobre minha vida acadêmica aqui. Acho que vocês, digníssimos leitores, não estão me passando energias positivas. Ou eu que não estou estudando. Ah, temos que descobrir também quem é o "Rodrigo Falsário" que comentou negativamente no post anterior. Isso só pode ser coisa de adversário frustrado. Tenho minha suspeita, mas não vou revelar pra não perder o mistério!!!!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Estaleirinho's Cassino I

Lugar distante, quase paradisíaco e deserto (exceto pelo bar-point-descolado que já citei aqui) cenário perfeito para esconder um dos maiores e mais badalado cassinos clandestinos do mundo: O Estaleirinho´s Cassino. Palco de grandes jogos, muito dinheiro e muito glamuor.
Antigamente, o Estaca (apelido para os íntimos) nem era tão badalado assim, era simplesmente um cassininho de fundo de quintal. Até que, em um memorável dia, a garçonete/faxineira do cassino resolveu jogar. Todos desacreditados, afinal, o que ela estava querendo? Empobrecer ainda mais? Mas ela sabia do seu potencial. Sabia que anos de trabalho árduo naquele local render-lhe-iam uma boa dose de experiência. Sabia que os "poderosos" tinham suas fraquezas e suas falhas. Sabia tudo. O problema seria arrumar um parceiro que acreditasse em tudo isso.
Não foi uma tarefa fácil. Porém, em um cantinho do cassino, com sua Coca Zero e sua revista Exame estava um ser envolto em toda sua intelectualidade. "Jogar? Eu? Tá maluca!" Mas a persistência era seu forte e ele era sua única opção. Convenceu-o. Sabia que apesar da pouca experiência e de seus neurônios um pouco atingidos ele poderia ser uma boa dupla.
Precisavam passar credibilidade. Criaram códigos que desestruturariam os adversários. Passe de energia simulando uma corrente elétrica com o dedinho do ET (aquele do filme, sabe?). Toque mágico "yes panterinha". Bate - o telefone na cara do pobre. Tudo eram artifícios, passavam uma idéia de amadorismo. E os adversários, pobres adversários, acreditando no pseudo-amadorismo e em si mesmos, deixavam-se levar pelo "já está ganho", o orgulho tomava conta e... perdiam. A dupla inesperada dava shows e lucrava muito para o cassino. Alguém lembra da faxineira? E do "intelectual" do canto? Não. Agora só se falavam neles: a dupla que foi capaz de colocar o Estaleirinho's Cassino no mapa. A casa enchia. Todos queriam presenciar o carteado e as vitórias da dupla. "Perder não é tão ruim. O pior é perder pra eles!" E saia mais uma dupla, derrotada, de cabeça baixa, inconformados com tanta inteligência e habilidade.

Continua no próximo post...

Sempre quis escrever um texto em duas partes! Espero que eu não demore muito pra postar e possa contar o que aconteceu com o Estaca pra vocês, sem deixar que os excelentíssimos leitores morram de curiosidade (apesar de o texto não provocar curiosidade, mas deixa eu me iludir).
A prova de segunda não foi legal. Eu tremia. Não sabia nada (lalalala). Mas tudo bem, foi só a primeira dessa disciplina. Tem o exame final ainda!!! A próxima prova é sexta, torçam por mim!!!

sábado, 11 de setembro de 2010

Vendedores de Picolés

Imaginem a situação: você deitado, em uma noite insuportavelmente quente de verão, esperando o sono chegar, quando, de repente... TOCA UM APITO!
Você levanta, abre a janela e com uma habilidade incrível, o ser que apitou lança um... PICOLÉ!!!!! Lógico que antes disso, obrigatoriamente, você envia o aviãozinho feito com uma nota de "dôreau" e ele pergunta o sabor. Não seria perfeito?

Pois é. Até alguns anos atrás, eu imaginava e acreditava na cena descrita acima. Porém, como meu quarto era na lateral do prédio, eu sabia que o vendedor de picolés jamais me veria. Apesar de que, eu confesso, ter olhado na janela de madrugada várias vezes, na esperança do vendedor me ver e lançar meu picolé. Tá, era meio impossível lançar o picolé três andares acima, mas mesmo assim, eu acreditava no apito do vendedor de picolés.
Outra situação: saindo da balada com uma fominha, não daquelas de devorar um cheese bacon duplo com uma coca zero mas uma fominha justamente de algo leve, docinho (glicose né?) como um... picolé! Eu ficaria extremamente feliz em encontrar um carrinho apitando na saída da balada. Não concorda?
Certo dia, família almoçando e falando do caos da segurança e de que "é um absurdo vivermos trancados enquanto os bandidos estão soltos" e afins, citam as motos que fazem segurança privada e que apitam de madrugada. Pronto. Desilusão na hora. Sonhos do picolé indo por água abaixo. Minha expressão muda, não consigo esconder a tristeza.
- O que aconteceu Amanda?
- Nada não é que eu sempre achei que os apitos fossem de vendedores de picolés... mas tudo bem, eu vou conseguir conviver com essa verdade.
Saio da mesa, olhos cheios de lágrimas. "Justo agora que meu quarto é na frente não tem mais picolés?". Sacanagem. Ouço risadas incrédulas vindo da cozinha.

Olá leitores! Já sei... "blog atualizado só em ano bissexto" Mas fazer o que né? Eu tenho uma prova dificílima segunda-feira e ao contrário de estar estudando estou postando!! Sintam-se honrados. Na verdade, o blog foi desculpa pra não estudar e não o contrário, mas deixem prá lá. Ah... a coca zero em destaque foi em homenagem ao assíduo leitor que no feriado cobrou atualização e pediu coca zero nos restaurantes.

domingo, 22 de agosto de 2010

Degraus?

- Sei lá, acho que tá na hora de mudar o nome do blog...
- Por que? Cansou de sonhar???
- Não, não é isso. É que eu acho que o nome não está condizente com o conteúdo. Degraus do Sonho dá a impressão de algo mais sério, mais culto. E o blog é bem "despojado" né?
- É verdade. Sem falar que o nome é complicado.
- Complicado? Por que?
- As pessoas entendem "degrais" aí vão procurar e não encontram!!!!! Degraus é uma palavra difícil!!!
- É Rodriguinho... "Degrais do Delírio"!

E aí leitores? Sugestões para o novo nome do blog??

Eu iria pedir desculpas pela demora pra postar. O fato é que não deu mais tempo, a faculdade tá uma correria. Não tenho mais nem tempo pra pensar, muito menos pra escrever. Antes que pensem que estou me desculpando, estou apenas justificando. É diferente.

domingo, 18 de julho de 2010

Casamento?????

Confesso que não to com a mínima vontade de escrever e ainda to com dor de cabeça, proveniente da noite anterior. Mas fui bombardeada com scraps do meu leitor mais assíduo e não poderia decepcioná-lo. ( se o texto de hoje não for uma decepção, por si só!!!)
***

Família reunida, assistindo TV, quando entra em pauta o assunto favorito de todos: a vida (não)amorosa da Amanda. Após uma discussão sobre com quem eu iria casar (?) o meu irmão resolve expressar sua verdadeira opinião:
- Amanda, sabe qual é o meu sonho, assim, de verdade?
- Tenho medo do teu sonho, mas fala...
- Que você case com o Ronaldinho Gaúcho!! Já pensou que legal? Eu cunhadão dele, jogando bola... Sabia que ele tava em Floripa semana passada? Não acredito que perdemos essa oportunidade.
- Aham Kaio.
- É sério! Tu tem potencial!!!!!
- Combinado! Eu faço esse sacrifício (nessa frase não houve ironia, favor ler no sentido literal, totalmente literal.) Porém, você terá que me patrocinar. Sabe "coméqueé", algumas plasticazinhas, um personal trainer, roupas, salão de beleza... Isso sem falar nos camarotes das baladas frequentadas por ele, é claro.
- Tá. Te patrocino. Te dou "déreal" e você ainda pode ficar com o troco.
- Sério?
- Seríssimo. Campanha Ronaldinho Gaúcho Cunhadão acaba de começar!!

É leitores, minha vida não é fácil! Eu iria fazer comentários sobre os devaneios do meu querido e amado irmão (leiam sem ironia, é sério!!) mas acredito que os leitores que acompanham o blog já devem ter uma leve impressão de como ele é, dispensando esses comentários.

Satisfeito Imundiço??

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Conselhos Maternos

Fim de semestre é sinônimo de cansaço, olheiras e baranguisse. E são nesses estágios que me encontro. Sábado à noite? Estudar suinocultura! Porquinhos são muito mais divertidos que baladinhas com as amigas. Isso sem falar nas outras provinhas que precedem a dos porcos.
Mesmo sabendo do meu estado geral, fui conversar com a mãe:
- Mãe, tem uma festinha hoje... mas acho que não vou né? Tenho que estudar.
- É filha, você tá tão acabadinha... acho melhor você nem sair, né?
- To acabada e estressada! Não aguento mais essa faculdade!
- Calma filha!! Assim que acabarem tuas provas, você cai no mundo!!

É... qualquer coisa, estou apenas seguindo os sábios conselhos da minha mãe!!!

Olá Leitores!! Então, esse texto foi escrito dia 19.06 e não sei o porquê de eu não ter publicado. Bom, está aí. Agora já estou de férias, não acredito que consegui sobreviver a esse semestre e, como minha mãe disse, já iniciei o projeto "cair no mundo" afinal, antes de dominá-lo, preciso conhecê-lo!!
Não posso deixar de falar nas meninas (Elisabeth, Dayanna e Sophi) que acataram tão bem o projeto e já estão fazendo parte dele!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Mochileiras?

Balada na sexta exige um sábado das meninas. É sempre a mesma coisa: telefonemas, iniciam as fofocas e "vamos tomar café?". A mãe sempre fica confusa, afinal "vocês não estavam juntas até as cinco horas da manhã?" É mãe, mas durante a festa sempre existem comentários que não podem ser feitos lá e não dá tempo de falar no táxi.
Essa vez, o sábado das meninas foi com um delicioso café na Dani. Novidades e frustrações compartilhadas (adoro ter amigas psicólogas!) começamos (como sempre) com os planos para o futuro. E decidimos: vamos fazer um mochilão. Porém, o ponto alto da conversa não foi o destino (até tentamos colocar algumas rotas no diálogo, sem sucesso) e sim o que carregaríamos na mochila. Afinal, para três meninas que se preocupam um pouquinho com a aparência, esse parece ser o maior desafio.
- Tá meninas, vamos pelo básico: três looks, um neutro, um de festas e um para eventos sociais.
- Desmembrando os looks: calça jeans, regatinha branca e tênis; vestidinho e salto alto e um terninho básico com scarpin.
- Ah meninas, faltou o pijama!!
- Pijama?? Isso é coisa de fresca! Não precisamos. Na verdade, o look eventos sociais poderia ser junto com o de festas, com um pretinho básico.
- É... e o tênis? Poderia ser uma rasteirinha... é mais charmoso e eu consigo andar!
- Na verdade, uma rasteirinha é sempre bem vinda né? Mas o tênis fica.
- E faltou o casaquinho! Nunca se sabe quando o tempo vai esfriar!
- Na verdade, não sabemos nem para onde vamos, muito menos se vai esfriar!! Por via das dúvidas, arrumamos o casaquinho!
- Ok. Questão looks resolvida. Agora temos que discutir o beauty. Não fico sem rímel!
- Nem sem lápis.
- Nem sem pó e blush!!
- E secador, chapinha e baby liss??
- Isso é fácil! Cada uma leva um!
- Agora só falta perfumes, desodorante, xampus, condicionador, cremes, filtro solar,leave in, máquina fotográfica e filmadora...
- Meninas, vamos ser realistas. Mesmo que fosse só pra viajar um fim de semana, com uma mochila seria impossível!
- É... acho que com a quantidade de itens básicos já enchemos a mochila.
- E faltam coisas ainda...
- Bom, acho melhor esperarmos um pouquinho. Assim que formos ricas e bem sucedidas viajamos pelo mundo!!
- E o melhor: com milhaaaares de malas!!!!!!

Viram leitores?? Duas atualizações em dois dias seguidos! Isso é quase um milagre, podem me dar os parabéns!!!
há há.

domingo, 27 de junho de 2010

Salgadinho de Soja

Feriadão, acho que era novembro, família resolveu ir para a praia. Como não era nem tão quente nem tão frio, o passatempo era o jogo. Na verdade, quase vício. Tardes memoráveis vencendo maravilhosas partidas de tranca!! Um belo dia, já preparada para a jornada que seguiria a tarde, levantei e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, já que não iria sair mesmo. Minha tia passou:
- O tia, corta meu cabelo aí!
- Sério mesmo? Vou pegar a tesoura!!
Ela pegou a tesoura e simplesmente cortou um pedaço do rabo de cavalo. Indignadíssima olhei:
- Ah não!!! Corta mais um pouco né??
Nesse momento, todos da casa me olharam com uma cara de "o que ta acontecendo aqui?" ou "a Amanda enlouqueceu", afinal, eles sabem que meu cabelo é uma das coisas mais importantes da minha vida. Resumindo, a tia cortou.
Iniciamos o jogo. Como sempre, dá aquela fominha quando se vence excessivamente partidas de tranca (sim, estou provocando os adversários), olhei no armário e o que eu encontro?? Salgadinho de soja! Deliciosos salgadinhos de soja, super temperados com todo tipo de erva, alho, cebola e afins. Enfim, comi o salgadinho de soja, venci a partida (é claro)e resolvi dar uma caminhadinha na praia. Soltei o cabelo, que estava "levemente" torto e super bagunçado - chapinha inexiste na praia, e quando fui escovar meus dentes, meu primo estava no banho e como eu não queria esperar duas horas e não iria conversar com ninguém mesmo, peguei o chinelo e saí.
Lá estava eu, feliz e baranga caminhando na praia quando escuto passos atrás de mim. Super normal depois que um bar resolveu transformar a praia paradisíaca e deserta em point badalado. Segui a minha caminhada até que veio uma onda imeeensa e quase tomei um banho. Escuto uma voz:
- Tá fria a água né?
- É... esse tempo maluco.
E sigo caminhando.
- Ahmm, posso te acompanhar na caminhada?
- Claro, desculpa a antipatia, eu estava em outro mundo!
Assim fomos, caminhando e conversando sobre os mais diversos assuntos. Tentei ser simpática pra compensar a baranguisse. Chegamos ao fim da caminhada, uma promessa de reencontro, troca de telefones e, como em novelas, ele lançou o olhar do mocinho. Eu olhei para ele e quando estava se aproximando... "Droga!!! Salgadinho de soja!"
- Hã... tenho que ir. Tchau!!!!
Mal dei um beijinho no rosto e saí imediatamente.
É... confesso pra vocês que salgadinho de soja foi um item excluído do meu cardápio!!

Olá leitores!!! Eu sei, eu sei - postagem extremamente pessoal. Não é meu tipo de história favorita pra compartilhar com vocês, mas eu acho ela tãão bonitinha e engraçadinha que hoje não resisti em escrever. Sem falar que ela é tão antiguinha e fazia tempo que eu queria compartilhá-la.
Antes que eu esqueça: minha dupla na tranca era o Rodriguinho, apesar de eu jogar bem melhor (aham) não posso deixar de citá-lo, afinal, ganhar de todas as duplas, sem derrotas em dois anos consecutivos não é pra qualquer um!!!
ps. gostaram do novo layout do blog ou preferiam o antigo??

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Efeitos Musicais

Eu estava indo pra faculdade com meu querido irmão. Tudo calmo, tranquilo, tão calmo e tranquilo que eu estava quase dormindo (sonecas são super naturais em fim de semestre) quando começa a tocar uma música que eu nunca tinha escutado antes, uma tal de Alejandro, da Lady Gaga.
Vocês não imaginam a alegria do meu irmão (que jura que foi a primeira vez que escutou a música. Aham.) quando começou a tocar. No ínicio, era apenas uma dancinha discreta, mal movimentava os braços. Depois, começou uma coisa muito estrambólica e ritmada, "Olha Amanda, no Ale o braço é pra cima, no handro é pra frente, vamos lá!" Eu, ficando extremamente constrangida com a situação, resolvi perguntar:
- Mano, tu não fica assim, meio envergonhado sei lá, de estar dançando?
- Eu não, por que?? Ale, alee, Alejaaandro!!
- É que as pessoas podem pensar que você comprou tua habilitação, por falta de aprovação no psicotécnico...
- E eu com isso?? Pelo menos eu estou vivo!

Depois da brilhante dedução do meu irmão, e da minha brilhante dedução de que ele não estava em um dia "normal", chegamos à faculdade e além das agradáveis aulas não parei de cantarolar um minuto Ale, ale... Alejaaandro!!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Augusta Maria

Quando eu era mais nova, uns 15 anos, (tá, não tão nova), eu tinha uma boneca, a Augusta Maria. Na verdade, ela era mais um refúgio social, já que eu havia passado da fase dos amigos imaginários.
Quando fomos à praia naquele ano, óbvio que não abri mão da presença da Augusta Maria. Levei-a, apresentei a todos meus familiares ("O que essa guria tá fazendo com boneca ainda? Não teve infância?"), tirei inúmeras fotos para registrar sua ilustre presença.
Até que um dia, resolvi dar uma volta na praia (afinal, minha falta de habilidade social não era tãão grande assim.)Quando saí, meu primo (é, o HERARTT,R.)estava lendo um livro na frente da casa.
- "Tó" - joguei a boneca pra ele - cuida dela que eu vou sair.
- Tudo bem - mal olhou pra boneca, que caiu no colo dele.
Depois de algum tempo voltei (já tinha esquecido completamente a existência da boneca), nem deu tempo de pôr o pé dentro de casa minha tia começou:
- Amanda, não fui eu! Não tive nada a ver com isso, sério!
- Tá tia, o que aconteceu?
- A culpa é do teu primo! Ele não tem jeito mesmo...
- O que ele fez?? Agora to preocupada!!
- Calma Amanda - chegou ele, com um ar meio fúnebre - isso foi para o bem dela.
- Hã? Como assim? Bem de quem?
- Ela que me pediu, disse que não aguentava mais a pressão de ser teu refúgio social, a barra tava pesada... ela queria isso.
- Tá falando da boneca? O que tu fez com ela?
- Não fiz nada contra a sua vontade. Apenas auxiliei nesse momento difícil, com a única intenção de prezar pelo seu bem-estar.
- O QUE TU FEZ COM A AUGUSTA MARIA?
- Veja com seus próprios olhos o mal que você causou a ela.
Neste momento, ele abriu a porta, acompanhou-me até a porta e o que vejo? A boneca amarrada pelo pescoço com uma corda em uma árvore ! No momento, minha única reação foi um ataque de riso incontrolável e o único pensamento foi de como uma pessoa madura, futuro juiz ou promotor enforca uma boneca???

É... depois eu que sou a maluca. Medo.

Queridos leitores (sim, eu sei o que devem estar pensando: ela passa meses sem atualizar o blog depois vem nos chamando de queridos. Desaforo.) peço desculpas pela minha ausência no blog, é que, além da falta de idéias pra escrever, to sem tempo mesmo! A faculdade tá uma correria e a Festa do Pinhão começou.
Tentarei atualizar mais frequentemente, nem que seja com histórias velhinhas como a de hoje.
Ah... não posso deixar de falar do imundíço que me fez postar hoje, fiquei extremamente envergonhada quando recebi um scrap com os dizeres: "fá o favô de atualizar o blog, né?"
Por hoje é isso... e até breve!!! (eu espero!)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Heróis, Esmaltes e Sonhos

- Vamos Kaio! Temos que salvar o mundo!
- Calma Mana. Eu acabei de pedir meu cheese bacon, espera ele chegar.
- E os vilões? Vão ficar livres, leves e soltos enquanto você come teu cheese??
- É que não é um simples cheese. É um cheese que parece uma lasanha.
O cheese bacon chegou, ele parecia uma lasanha, o Kaio comeu e saímos para salvar o mundo. Agora eu não lembro quem era o vilão e qual era a maldade, mas mesmo assim nós fomos voando. As roupas de super-heróis eram ma-ra-vi-lho-sas! Nada daquela coisa brega e suuuper colada, eram realmente lindas e elegantes.
Após salvarmos o mundo mais uma vez, chegamos a casa cansados e quando nos preparávamos para voltar a identidade humana e irmos dormir, chegou um cientista, interessadíssimo em nossos poderes. Ele queria fazer milhares de testes comigo e com o mano. Ficamos meio desconfiados, afinal, ele podia ser o nosso arqui-inimigo Dr. NomeEstrambólico. Porém, como os poderes tinham surgido do nada, havia uma curiosidade de saber como havíamos os adquirido. Um dos testes incluía DNA.
Acabamos resolvendo fazer o teste e pasmem! O MEU IRMÃO NÃO ERA MEU IRMÃO! Foi terrível a descoberta e o teste constava que outro pobre mortal, sem super-poderes, era meu irmão. Até que descobrimos (sim, eu e o Kaio somos feras!) que na verdade, isso era realmente um plano no Dr. NomeEstrambólico para desestabilizar nossa dupla e dominar o mundo. Falando nisso, antigamente, eu vivia desestabilizando o Kaio, porque o estabilizador ficava no meu quarto, ligado à internet e quando eu queria dormir eu desligava e deixava o mano desestabilizado. Tá, eu sei que isso não tem nada a ver com a história, porém, é uma nota importante, pra provar que nem todo o tipo de desestabilização é do mal. Mas o que o Dr. NomeEstrambólico estava tentando fazer era.
Acabando a confusão do DNA e provando que meu irmão era meu irmão eu fui comprar esmalte. Eu precisava de um esmalte verde, aí eu perguntei pra vendedora se ela tinha e ela perguntou se eu queria verde-cocô-de-cavalo ou verde-alga-marinha. Então eu lembrei que as algas marinhas podem ser vermelhas e comprei o esmalte Puro Glamour, que é rosa.
Como as algas vermelhas eram marinhas, fui parar na praia. As ondas estavam imensas e eu tentava não me afogar, o que era difícil afinal eu não era mais uma super-heroína. Heroína é um opióide, igual à morfina. Morfina... droga! Tenho que fazer meu relatório de anestesiologia.
Esse foi o sonho que tive uma noite desta semana. Meio estranho, eu sei. Falando em sonho, me deu vontade de comer sonho. Não, não esse tipo de sonho. Na verdade, minha vontade é de realizar meus sonhos. Não, não esses tipos de sonhos, como o que eu contei. Aqueles outros.
Quer saber? Odiei a palavra sonho. Odeio palavras confusas no meu dia de confusão.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Charlotte

Serraria, sexta-feira, fim de festa. Eu e uma amiga estávamos nessa situação. Uma mais deprê que a outra, por diversos motivos que não cabe citar. Tá, cabe: gente feia, música ruim e falta de ânimo mesmo. Até que, para "alegrar" nossa noite, um cara vem falar comigo:
- Oi, como é seu nome?
- Charlotte.
- Charlotte? Que nome estranho...
- Estranho? Minha mãe se inspirou em um filme lindíssimo e você vem falar que é estranho? Que absurdo! Vou sair daqui.
- Não, desculpa. O Nome é lindo. Então Charlotte, o que você faz?
- Serviços Gerais.
- Na Uniplac?
- Não querido, Serviços Gerais mesmo. Eu só to esperando esse povo ir embora para fazer a limpeza do local. E que povinho mal-educado né? Olha o tanto de copos espalhados no chão!!
- e eu posso ficar aqui, para te ajudar então?
- Óbvio que não! É meu trabalho. Se você quiser realmente ajudar, poderia ir embora, assim, a festa acabava logo, eu terminava meu trabalho e ia dormir mais cedo. O que tu acha?

Não obtive resposta. Mal terminei de falar e o cara já estava looonge!! Antes que os excelentíssimos leitores pensem que eu sou uma malvada, que fico torturando os pobres e inocentes rapazes, irei explicar. Isso acontece esporadicamente: nos dias que eu acordo sarcástica, nos dias que eu acordo irônica e em dias... ops! Todos os dias! Brincadeirinha gentee!!!
É sério.

Sumir

Às vezes cansa ser a pessoa feliz. Mesmo estando triste, com vontade de sumir e não voltar tão cedo, tento manter um sorrisinho no rosto, para não preocupar quem me ama e não deixar transparecer fraqueza, para quem não gosta de mim.
Porém, chega um momento que fica insuportável. Não dá mais de aguentar, tenho que pôr tudo pra fora. Explodir? Brigar, gritar e chorar? Não, escrever. Esquecer.
O que eu mais queria era desaparecer. Com uma varinha mágica, pluft! A Amanda não é mais a Amanda, ela é uma mera desconhecida, expectadora de sua vida. Assistir tudo de camarote. Tentar descobrir como seria a vida das pessoas que convivem comigo sem mim, sem que eu nunca tenha existido. Tentar, desta forma, ver e rever meus erros, acertos e se tudo realmente "só acontece comigo". Descobrir quem eu sou e o que eu realmente quero. Não fazer minhas escolhas por comodismo ou por medo de decepcionar. Não ter tanto pânico do futuro, não pensar nele. Deixar que ele chegue de mansinho e vá organizando minha vida. Olhar para o passado e pensar: "como fui boba! Tudo era tão simples!" Corrigir meus defeitos. Não todos, mas aqueles que atormentam quem eu amo. Ser mais autêntica. Mais feliz - de verdade.


Caaaalma leitores, estou bem! Foi um surto melancólico que andou batendo, mas já passou. Às vezes me preocupo em postar essas historinhas mais tristinhas aqui, afinal, o que eu mais gosto é de ver a galera rindo quando visita o blog. Porém, ao mesmo tempo fico me sentindo "culpada" em não compartilhar alguns textos com vocês. Fico dividida. Tem vezes que opto por guardar tudo para mim. Mas hoje, como a "onda melancólica" passou por aqui, achei que deveria postar!!

domingo, 21 de março de 2010

Fred

Quando tinha uns 15, 16 anos, sempre ia para as festas com meu irmão. O acordo com nossos pais era claro: vocês ficarão o tempo todo juntos. Com ele, também era claro: te encontro às quatro e meia na saída.
Como minhas amigas também eram novinhas (novinhas? é... no meu tempo 16 anos era novinha!) sempre tinham que voltar da festa mais cedo e eu ficava lá, sozinha.
Nesse meio tempo das meninas irem embora e do meu irmão aparecer, eu aprendi a me virar. Cansei de ir para a frente do palco e ficar dançando (autismo?), ir ao banheiro e ficar treinando novos penteados e bater papo com seguranças. Mas a maneira mais eficiente para eu me distrair, sem dúvidas, foi o surgimento do Fred. Não, não o Alfredo Frederico, meu hamster (in memorian). O Fred, meu amigo/namorado imaginário.
Com o Fred, os fins de noite se tornavam inesquecíveis! Tá, mentira, continuavam a mesma coisa, afinal, teoricamente, eu continuava sozinha.

Há muitos anos, meu irmão me levou para o carnaval. Era no clube em que éramos sócios e minhas amigas iam, claro. O acordo foi feito, marcamos o horário em que deveríamos nos encontrar, porém, as meninas foram embora mais cedo do que eu imaginava. Nos despedimos e depois de dar voltinhas pelo salão tentando encontrar meu irmão ou meu primo, desisti e fui sentar. Encontrei uma mesa vaga, com duas cadeiras, uma para mim e outra para o Fred.
Enquanto eu estava distraída observando e me divertindo com o comportamento das pessoas no fim da festa, chega um menino:
- Oi, tá sozinha aí?
- Não, to com o Fred, tu não tá vendo?
- Fred? Onde?
- Aqui, do meu lado, não está vendo mesmo?
- Hã... não.
- Fred, meu namorado imaginário(indignadíssima). Dá oi pro Fred??
- Err... Oi Fred.
- Estende a mão pro Fred, deixa de ser mal-educado!
Neste momento, ele foi sentando na cadeira ao meu lado:
- NÃÃÃO!!!!! CUIDADO!
Levantou-se rapidamente, com uma cara de assustado hilária, que eu lembro até hoje!
- Cara! Tu tá maluco??? Quase sentou no colo do Fred!!!!!! Fred, meu querido, você está bem??? Tadinho, não sei porque as pessoas nunca te enxergam...
- Desculpa moça... bom, eu tenho que ir!
- Está bem!! Dá tchau pro Fred??

O cara simplesmente saiu, com uma cara de "a menina é maluca - medo". E eu fiquei lá, segurando o riso e aguardando a aparição do mano e do primo.

sábado, 13 de março de 2010

Genética

Estou de volta! Depois de décadas sem aparecer, finalmente retornei ao blog. Confesso que a criatividade anda em baixa, mas não poderia deixar meus digníssimos leitores (ainda existem?)tanto tempo sem novidades.
Falando em novidades, tenho muitas. Férias de verão, praia, pouco sol, pele extrememante branca, casa nova e início das aulas. Teria como ter tempo de escrever? Ok. Teria sim. Mas faltou criatividade. Na verdade, no meu período de praia sem praia e sem sol, escrevi uma única história, porém não pude publicá-la. Os motivos eram simples:
1. era extremamente pessoal
2. Os meu leitores TAVARES,K. e HERARTT, R. achariam muito de menininha. Para eles, eu sou o "Amandão, Meu Brother."

Na verdade, esse texto era pra ser bem do "Amandão, Meu Brother", falando sobre como uma garota deixou de ser lady no período de férias, com a ajuda de seu primo e seu irmão. Porém, caros leitores, achei que seria subestimar a inteligência de vocês descrever nossas conversas aqui!!!
***

Antes do Natal ainda, a empresa onde meu pai trabalha ofereceu um jantar de fim de ano. Tudo maravilhoso, lugar aconchegante e comida deliciosa.
Estávamos eu, minha mãe e meu irmão sentados à mesa, afinal, o pai estava ocupado recepcionando os convidados.
Conversávamos sobre várias coisas interessantes, até que chegou no assunto "a amanda é estranha". Tudo começou porque eu sou a única da minha casa que não consegue dobrar a língua (tipo uma "calhinha", sabe?)e sou canhota. Meu irmão até chegou a falar que a dobra da língua era um fator evolutivo, caso um dia não existam mais copos nem mãos, ele não vai ter problema em deglutir a água, sem que essa vá para seus pulmões(?).E o fato de ser canhota, nem se fala. Eles diziam que pessoas normais eram destras e por isso, tinham o cérebro mais desenvolvido (???). Sim canhotos do mundo: revoltem-se!
E o incrível é que tanto o gene para dobrar a língua quanto para ser canhoto, são recessivos. Segundo meu irmão, eu peguei todos os defeitos da família para mim. Na verdade, eu peguei todas as qualidades, pois sabemos que as pessoas canhotas são mais inteligentes, divertidas e criativas (ok, momento sem modéstia).
Voltando ao assunto, eu tive uma ótima idéia: criar uma geração nova, de pessoas que não dobram a língua e são canhotos! Será uma nova era, com pessoas incríveis!!! Portanto, pessoas que foram abençoadas com os genes recessivos, se unam! E assim, com certeza, DOMINAREMOS O MUNDO!! Afinal, quem precisa saber dobrar a língua?