quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Perdi Playboy

Sempre pela manhã eu vou de carona com o meu pai. Normalmente saímos sete e meia, sete e trinta e cinco. Normalmente eu me atraso (não é fácil dar um “jeitinho” na cara de sono, no cabelo revoltado e no guarda-roupa de mal-humor). Normalmente ele, irritado, me espera.
- Tchau Amanda
- Espera pai, já desço, vai tirando o carro.
- Se você não estiver lá em baixo a hora que eu for você fica.
Nunca acreditei que chegaria o dia em que ele me deixaria. Até porque, na minha incrédula mente, ele jamais deixaria a “princesinha do papai” porque a coitadinha se atrasou uns minutinhos. Tá, vários minutinhos.
Hoje, a hora que eu desci, vi o portão da garagem fechando. E o carro na primeira esquina depois de casa. Tive um ataque de riso: “não é que ele me deixou mesmo?!” Pensei em correr até lá, mas daí, correr às oito horas da manhã fica complicado. Peguei um ônibus e liguei pra ele:
- Oi boi, Me deixou hoje?
- É... perdeu playboy! Há há.

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