terça-feira, 22 de setembro de 2009

O Lado do Creosvaldo

Minha mãe sempre tomou muito cuidado na minha educação pra que eu me tornasse, segundo ela, um gentleman. Aquele rapaz cavalheiro, romântico e que não poupa esforços para agradar uma dama. Por isso, desde novinho, fazia aulas de etiqueta, dança de salão e acompanhava um grupo de garotas, semanalmente, para desvendar os mistérios do comportamento feminino. Óbvio que mamãe Charlotte nunca imaginara o transtorno que tudo isso causaria. Fui tachado de viadinho, gay e afins. Mas contrariar a dona Charlotte? Desde pequeno aprendi que não era o mais adequado. Pelo meu bem.
As tias Sophi, Elisabeth e Dayanna, falavam que quando eu crescesse, iria entender um pouco melhor a mamãe.
Apesar de tudo isso, eu não ligava, ia a todas as aulas, aplicava os conhecimentos. A única coisa que realmente me incomodava era o fato de a Brityni, filha da tia Day, só ter olhos para aqueles dois marmanjos sem classe: o Jacksonvaldo e o Michaelvaldo. Minha mãe só podia estar muito errada! Eles eram totalmente o oposto de mim e era deles o coração da Brityni. Eu não podia fazer nada, afinal, ela mal me olhava.
As nossas vidas continuaram. Eu poderia jurar que a tinha esquecido, mas bastava acontecer o chá das nossas mães, eu ver ela e meu coração começar a bater mais forte para reacender todo aquele amor bobinho e infantil.
Apesar disso, comecei a ficar com uma garota, a Keitylucy. Ela não era uma Brityni, mas gostava de mim. Um dia, tomei a decisão: iria pedir Keitylucy em namoro. Fiz a reserva no restaurante mais romântico da cidade, encomendei rosas vermelhas e a levei. Quando eu estava indo abrir a porta do carro para Keity e iria entregar para ela as flores vermelhas, vejo a Brytini passar. Foi como nos filmes, meu olhar ficou preso ao dela e me dei conta: o que estou fazendo aqui? Jantei formalmente com Keity e quando ela perguntou qual o motivo de um jantar tão especial, terminei tudo e disse, como a mamãe ensinou, que eu queria que os momentos que passamos juntos fossem inesquecíveis e nada melhor, do que fechar com chave de ouro, em um jantar. Ela ficou triste, mas entendeu. Saí imediatamente do restaurante e fui atrás da Brityni. Ela estava na barraquinha de cachorro-quente da esquina. E para minha não tão surpresa, com o Michaelvaldo. Fui até lá, cumprimentei-os e disse:
- Brityni... vamos comer um pastel com chocoleite?
- Mas... Creosvaldo,acabei de te ver entregando rosas para a Keitylucy.
- Foi um equívoco. Sempre gostei de você e se necessário for, desaprendo tudo o que a mamãe me ensinou para ficar ao seu lado. Se você quiser, eu prometo nunca abrir a porta do carro, nunca te dar flores e vir todos os dias comer cachorro-quente.
“É... triste realidade! No fim, até o mais gentil cavalheiro acaba tornando-se um ogro. E o pior, na maioria das vezes, nós que somos as grandes responsáveis por isso...” – pensou Brityni e logo respondeu:
- Bora Creosvaldo! Mas tu tem que me prometer que será UM pastel com UM chocoleite, para não tirar o romantismo da situação!!!


A pedidos, a Brityni fica com o Creosvaldo, porém, eu não poderia dar para ela um fim totalmente feliz, afinal era ignorou o pobrezinho (sim! Eu sou uma mãe coruja!). E ela não gostava tanto dos ogros? Pois é... acabou de formar um!!hahaha

Meninas, adooorei nosso domingo das meninas, com sorvete das meninas! Agora o próximo será a double torta de morango (Dayanna) e banana (Elisabeth) das meninas!!!

2 comentários:

  1. "ela não era uma Brityni, mas gostava de mim."

    uahauhsiuhasuhauhsa
    amiga, te digo que estes nomes fictícios são os mais exóticos que eu ja vi!! haha :D

    eu achei o final de brityni bom! ela que sinta-se satisfeita! hunf!
    afinla meu filhote como ficou nesta situação?
    Ah, com certeza ele pegou a dona do carrinho de cachorro quente!! uhaahah
    o//

    meu filho nao volta pra casa desacompanhaado nao nao nao hahahaahaha
    beijo amo amo

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  2. AAA a brityni deve ter ganho a sogra dos sonhos dela!!
    tem que fazer um próximo texto dramático entre a mãe de creosvaldo e brityni

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