sábado, 31 de outubro de 2009

A triste história do meu nariz

- Amor... vamos ao boliche hoje?
- Tá louca Maria Helena?! Você está grávida!
- Mas eu to com desejo, quer que nossa filhota nasça com cara de bola de boliche? Vamos, por favor!
- Está bem, mas se acontecer alguma coisa, não vá dizer que eu não avisei.

***enquanto isso, no útero da Maria Helena***
- Que delícia essa placenta cheinha de líquido amniótico! Tão gostoso, tão quentinho! Hoje, pelo jeito vou conhecer um lugar novo, um tal de boliche. Que lugar barulhento! A mamãe só pode tá pirada vindo pra cá comigo. Bem que o papai avisou. Vou chegar mais pertinho da barriga, para ouvir melhor.

POFT! PLUFT! AAAAAAAAAAAAAAAAAII!

- Amor, você tá bem? Quem mandou ultrapassar a linha do jogo?
- Tudo bem benzinho, foi só um tombinho!

***no útero***
- Tombinho mamãe? Claro, porque não é você que está aqui dentro, né? Pobre narizinho meu, virou uma batatinha amassadinha! Bem na hora que a mamãe caiu eu tava com ele encostadinho na barriga. Até tentei arrumar, mas parece que só piorou! Quando eu sair dessa barriga e engravidar, nunca, nunquinha vou jogar boliche e achatar o narizinho do meu nenenzinho!!!

Essa é a triste história, de como meu nariz deixou de existir e virou uma bola achatada!!! Pelo o que eu me lembro, lá dentro do útero, ele era lindo, pequenininho e arrebitadinho. Portanto futuras mamães JAMAIS joguem boliche quando estiverem esperando o filhinho, senão, vocês correm o risco de o pobrezinho, além de achatar o nariz, ter que ficar aturando o irmão mais velho contando a historinha descrita acima!


Discussão entre irmãos:
- Kaio! Eu já disse que eu vou assistir esse programa!
- Sua sem noção, fica assistindo essas coisas de viadinho!
- Pelo menos, eu tenho cabelo !
- E pelo menos, eu tenho nariz!!!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Meu Gatões

- Finalmente te conheci, maninho! Pelo o que a mamãe fala, tua vida deve ser perfeita, afinal, você vive no paraíso!
- Caro ET, és muito jovem ainda para dizer isso... Tenho saudades dos carinhos da mamãe, da cama quentinha dela, do olhar preocupado quando propositalmente eu sumia e até daquela ração, que apesar de não tão gostosa, tinha tudo o que eu precisava! E quando ela trazia ração em lata??? Hummm!!
- Mas você come coisas de humano!!
- É, isso é deliciosamente verdade. Porém, não é essa maravilha toda, sempre vem ossinhos e coisinhas que podem me fazer muito mal.
- E se você não gostar da comida, você pode caçar! Deve ser delicioso devorar um ratinho!
- Eca! Ratos são nojentos!! Já comeu algum? Eu cacei um, uma única vez e não consegui comer aquilo.
- Pelo menos, deve ser muito mais divertido do que bichinhos de pelúcia. E outra: a mamãe tá achando que eu sou viadinho! Acredita que agora ela inventou de colocar pipicat com cheirinho de jasmim? Tira toda a masculinidade do cheiro do meu xixi! E quando ela invoca de me dar banho, para eu ficar cheirosinho? Fico parecendo uma gatinha!! Pior que isso, só as fitinhas coloridas que ela coloca no meu pescoço. Eu já disse: Sou macho! E inteiro, oras!!
- Bem coisas da mamãe isso. Os banhos eu tinha que aturar, esse é um dos lados bons de morar no paraíso, mas o pipicat... é, ela exagerou!! Mas calma, ETzinho, logo logo deixarás de ser "macho inteiro". Não demora, você fará a famosa "visitinha" ao veterinário.
- Nunca! A mamãe não tem direito de acabar com a minha masculinidade!!
- Ela acabou com a minha. E o pior, era ouvir o titio e o vovô me chamando de bichinha!!
- Hahahaha Adoro o titio e o vovô!
- E inacreditavelmente, quando vim pra cá, conheci a gata dos meus sonhos. No início, tivemos alguns probleminhas, claro. Mas logo nos apaixonamos. Um amor impossível, por causa daquela maldita visitinha! E o pior, foi ver minha amada, grávida de outro gato.
- Nossa, que história triste, Dexter. E o que você fez?
- Eu resolvi assumir os filhotes da Mimi, já que ela nem fazia idéia de quem era o pai. E não é que são parecidinhos comigo?
- Que lindo isso Dexter! Você é papai!
- Nem sonhe em contar que eu sou castrado, pra ninguém, viu maninho?
- Pode deixar. Espero que a mamãe desista da visitinha. E será que algum dia ela vai me mandar para o paraíso?
- ET, maninho querido, apesar de todo esse jeito da mamãe, de achar que somos "gatinhas" e dos ataques de Felícia, o paraíso é ao lado dela. Morro de saudades dos seus olhos.

Essa foi a conversa que eu imaginei entre meus dois (amados) filhos. Um, o mais experiente foi mandado para o "paraíso" e o outro, meu neném, continua no apartamento comigo. Confesso que faltou um pouquinho de modéstia, ao dizer que o Dedé tá moorto de saudades de mim, enquanto que, na verdade, eu que não aguento mais ficar longe daquela coisinha!!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Encontrei-me

Viagens são sempre legais. Às vezes o destino não é tão badalado, mas só o fato de sair de casa, respirar "novos ares" já compensa. E foi em uma dessas viagens que eu finalmente me identifiquei. Descobri o meu verdadeiro eu. Fazia tempo que eu não encontrava algo que batesse tanto comigo. O diálogo foi mais ou menos assim:
- Manhê! Que árvore é aquela?
- É uma Bracatinga filha... por quê?
- Ela é linda mãe! - falei encantada.
- Não vejo nada de linda não. É meio torta, desengonçada e magrela!
- Então mãe! É a minha cara.
- E não é que é mesmo? Hahahaha
- O que?? Tá me chamando de magrela, desengonçada e torta?? - falei indignadíssima!
- O que isso filha, imaginaa...Mas que ela se parece contigo, parece!


Desculpa a demora para postar, digníssimos leitores. Falta de tempo sabe? Tinha que estudar (pouquíssimo, confesso!), assistir filmes, jogar baralho, fazer palavras cruzadas e comer salgadinhos de soja. Aí sabe né? O blog ficou meio paradinho. Mas agora, tentarei ser menos relapsa com o pobrezinho!!!