quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Dia do Dente

Tive um sonho estranho daqueles em que não há como parar de pensar. Sonhei com DENTE. Foi esquisito. Do nada, um dente da arcada inferior caiu na minha mão e parece até que eu senti o dente caindo e a banguela aparecendo. Me atrasei, perdi o ônibus e fui para a aula pensando no tal sonho do dente:
- Meninas, vocês sabem o que significa sonhar com dente?
Só vi caras de espanto e não ouvi nenhuma resposta.
- Mas Amanda, o dente caia?
- Sim, caiu na minha mão! Vocês sabem o que significa?
Aí um silêncio fúnebre tomou conta da sala. E rapidamente, o assunto foi mudado.
Cheguei a casa, minha mãe fazia o almoço:
- Mãe, sonhei com dente hoje, sabe o que significa?
- MORTE, MINHA FILHA.
- Sério mãe? - me apavorei - e agora?
- Não filha... era brincadeirinha - tentando disfarçar - esquece isso, vai! É tudo bobagem essa história de significados de sonhos!
Voei para a internet, tentando achar o tal significado. E incrivelmente, só encontrei coisas negativas, entre elas o famoso "sonhar com dente, morte de parente."
Fazer o que né? Agora eu já tinha sonhado.
Ao meio dia, a moça que trabalha aqui em casa me contou que o cachorrinho dela morreu. Imediatamente veio na minha cabeça o sonho. Até senti um certo alívio, vai que era essa morte que meu sonho estava prevendo?
Outra definição, de quando o dente caí na mão, podia ser nascimento. O que gera tanto medo quanto a morte. Realmente, fazia dois dias que o bebê da minha amiga havia nascido. Mas ainda tinha: medo da ridicularização em público, acontecimentos ruins, perda de dinheiro, decepções amorosas, problemas no trabalho. Pronto. Meu dia tava feito.
Nesse dia, eu tinha prova de Economia. O detalhe é que eu mal frequentava as aulas e que não tinha estudado também - culpa do sonho!!!
Quando fui sair para a prova, coloquei uma sapatilhinha e enquanto eu corria para tentar chegar a tempo, a sapatilha voa do meu pé! Nem preciso dizer que a cena da Amanda tentando pegar a sapatilha igual ao Saci-Pererê foi linda. "Ridicularização em público".
A prova que era para ser as 18.30, mas como estava com superlotação, não cabia todas as pessoas na sala. Fui voluntariamente forçada a transferir para as 20 horas. "Problemas no trabalho". Fiz a prova, fui melhor do que eu esperava. Ou pelo menos achava que tinha ido. Conferi o gabarito errado. "Problemas no trabalho [2]".
Não via a hora de voltar para a casa e sonhar com algo bem bom. Ou melhor: não lembrar do meu sonho no dia seguinte!

Ah... faltou o tópico "decepções amorosas" né? Teve também! Mas esse, desculpem-me queridíssimos leitores, não será relatado (até porque está relacionado com o episódio da sapatilha e tal...seria muito constrangedor!) =p

Então, quando sonharem com DENTES, preparem-se: o dia não tende a ser nadinha agradável!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A Velhinha do Banco

Ela chegou em casa. Seu irmão e seu pai esperavam. E ela estava com aquela carinha de quem aprontaria (ou teria aprontado?) algo.
- Filha, por que se atrasou?
- Pai! Nem te conto... o senhor pediu para eu ir ao banco né?
- Aconteceu alguma coisa? Conseguiu fazer os saques e os depósitos?
- Mais ou menos... quer dizer, consegui né?! Só que tive um probleminha...
- Já sei, foi assaltada! Meu Deus minha filha, devia ter me ligado!!
- Calma Boi!! Foi assim: eu estava na fila do banco, aí tinha uma velhinha, daquelas bem vovozinhas que dá vontade de por no colo, sabe? Tipo a vovó do desenho do piu-piu. Aí, ela deixou cair uma nota de 20 reais, e eu, gentilmente, fui juntar para ela. Quando eu me abaixo, ela começa a gritar enlouquecidamente: "Sua Ladra! Devolve meu dinheiro! Sua ladra!!"
- hahahaha! Sério mana?? Que engraçado!
- Daí eu entreguei o dinheiro para ela e expliquei, que eu só estava fazendo uma gentileza, só ia juntar para entregar para ela. Mas ela continuava: "Devolve meu dinheiro! Ela pegou meu dinheiro!" Aí começou aquela bagunça: todos me olhavam e o segurança veio. Eu tentei explicar, que só ia pegar o dinheiro e devolver, assim como eu fiz. Mas a velha (antes era vovozinha!) não parava de gritar, tava louca! "Minha senhora, eu já entreguei o seu dinheiro... eu só fui pegar para você, jamais eu roubaria uma senhora" "Ainda por cima me chama de velha! Devolve meu dinheiro!"
Aí o segurança nos convidou para ir para uma salinha reservada. Me apavorei, mas como eu já inclusive tinha entregado o dinheiro, fui para tentar resolver a situação...
- O que filha? Tu foi para a salinha? E nem me ligou????
- Então pai - falou tentando segurar o riso - fui né?! Tinha que resolver, ora! Mas daí, quanto mais eu tentava falar, mais ela gritava, histericamente. O segurança disse: "Desculpa moça, mas vamos para a delegacia, tentar resolver isso!" "Como assim?? Eu não vou para a delegacia! Já entreguei o dinheiro para a senhora! Não tem câmera aqui não? Veja a fita, veja!" "Sua ladra!! Ela me roubou! Ela me roubou!" "Moça, não tem jeito, vamos resolver isso na delegacia..."
- Tu foi pra delegacia?? Hahahaha! Não acredito! Minha irmã foi pra delegas!
- Filha!! E VOCÊ NÃO ME LIGOU?
- Então... eu fui né! - a essa hora, o riso já escapava - aí, chegando lá, a velha coloca a mão no bolso e... "minha filha! Me perdoe... o dinheiro tá aqui! Mil desculpas, mas sabe, quando a idade chega a gente fica meio maluquinha!" "Mas eu disse! O tempo todo! Custava ter me escutado?" " Faz assim, eu moro aqui pertinho, vamos lá em casa tomar um chá com as meninas da terceira idade, se você não for, vou ficar me sentindo tao culpada..." Aí o que eu iria responder né?
- FILHA! VOCÊ NÃO FOI NÉ?
- Ah pai... era uma velhinha toda fofa, o senhor sabe como eu sou. Aí ela morava ali pertinho e eu não tinha como recusar...
- HAHAHAHA Minha irmã é maluca! Não acredito que tu foi!
- Chegando na casa dela, uma casa toda bonitinha, bem de vó, sabe? Aí enquanto ela foi buscar o chá, fiquei na sala. Quando eu olho, um relógio em cima da mesinha de centro... Só pensei: é agora que eu me vingo dessa velha mala!
- Ai Meu Deus! Tu não aprontou nada né?
- Não... só peguei o relógio, coloquei no bolso e... ELE DESPERTOU, EU CAÍ DA CAMA E ACORDEI! HAHAHAHAHAHA

Aí, não sei porque, eles ficaram dois dias sem falar com a pobre menina. Tadinha, uma historinha para descontrair, não faz mal a ninguém!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Na minha época...

Sempre quando meus pais me contavam as histórias de suas infâncias, eu ficava imaginando: será que eu terei algo de diferente para contar para meus filhos? Impossível que as coisas mudem tanto, como era na época deles. Minha mãe, que morava no sítio, contava que não tinha televisão, só o rádio por onde ela acompanhava as novelas. O colchão era de palha, os banhos no rio... e que ela, tadinha! Só teve uma boneca e que os porcos comeram! O meu pai morava na cidade. Mas a situação também era bem parecida. Esses dias, comecei a imaginar como seria a conversa com meu filho Creosvaldo (se ele existisse e estivesse na faixa dos 10 anos!). É absurdo como tudo muda em questão de pouquíssimo tempo, tanto hábitos quanto tecnologias!!

- Filho, sabia que na época da mamãe os celulares eram imensos e ela só ganhou o primeiro (gigante!) com quase 15 anos??
- Sério mãe?? E como você vivia?
- Isso não é nada! As máquinas fotográficas eram com filmes, nada de ver a foto na hora, tinha que levar para o laboratório, revelar e ainda queimavam. A mamãe foi ter internet também só depois de uns 13 anos... e era discada!
- Discada? Como assim?
- Ora Creosvaldo! Ela era ligada ao telefone e, enquanto ficava conectada, a linha ficava ocupada! Sem falar que era cara e só podia usar nos fins de semana ou depois da meia noite!
- E você sobrevivia sem Orkut, Msn, Twitter e Blog diariamente???
- Claro! E ainda, como forma de comunicação com os amigos a gente tinha o ICQ, que eram tipo o msn, mas com números imensos ao contrário do email e sem a possibilidade de por fotos, ligar web, passar arquivos...
- Mas como se colocava fotos?
- Scanner meu filho, scannner...
- Credo mãe! Não consigo imaginar como era tua vida sem tudo isso! Bom, mas acho que da minha época para a época dos meus filhos não vai mudar muita coisa...
- Você que pensa Creosvaldo... eu dizia a mesma coisa com relação a época da vovó!

Leitores desavisados: o Creosvaldo é apenas fruto da minha imaginação, eu não sou mamãe não! E nem tão malvada para por esse nome na pobre criança... =p
Ah... chegamos aos MIL visitantes! Fiquei bem feliz e obrigada a todos que visitam o blog.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O Lado do Creosvaldo

Minha mãe sempre tomou muito cuidado na minha educação pra que eu me tornasse, segundo ela, um gentleman. Aquele rapaz cavalheiro, romântico e que não poupa esforços para agradar uma dama. Por isso, desde novinho, fazia aulas de etiqueta, dança de salão e acompanhava um grupo de garotas, semanalmente, para desvendar os mistérios do comportamento feminino. Óbvio que mamãe Charlotte nunca imaginara o transtorno que tudo isso causaria. Fui tachado de viadinho, gay e afins. Mas contrariar a dona Charlotte? Desde pequeno aprendi que não era o mais adequado. Pelo meu bem.
As tias Sophi, Elisabeth e Dayanna, falavam que quando eu crescesse, iria entender um pouco melhor a mamãe.
Apesar de tudo isso, eu não ligava, ia a todas as aulas, aplicava os conhecimentos. A única coisa que realmente me incomodava era o fato de a Brityni, filha da tia Day, só ter olhos para aqueles dois marmanjos sem classe: o Jacksonvaldo e o Michaelvaldo. Minha mãe só podia estar muito errada! Eles eram totalmente o oposto de mim e era deles o coração da Brityni. Eu não podia fazer nada, afinal, ela mal me olhava.
As nossas vidas continuaram. Eu poderia jurar que a tinha esquecido, mas bastava acontecer o chá das nossas mães, eu ver ela e meu coração começar a bater mais forte para reacender todo aquele amor bobinho e infantil.
Apesar disso, comecei a ficar com uma garota, a Keitylucy. Ela não era uma Brityni, mas gostava de mim. Um dia, tomei a decisão: iria pedir Keitylucy em namoro. Fiz a reserva no restaurante mais romântico da cidade, encomendei rosas vermelhas e a levei. Quando eu estava indo abrir a porta do carro para Keity e iria entregar para ela as flores vermelhas, vejo a Brytini passar. Foi como nos filmes, meu olhar ficou preso ao dela e me dei conta: o que estou fazendo aqui? Jantei formalmente com Keity e quando ela perguntou qual o motivo de um jantar tão especial, terminei tudo e disse, como a mamãe ensinou, que eu queria que os momentos que passamos juntos fossem inesquecíveis e nada melhor, do que fechar com chave de ouro, em um jantar. Ela ficou triste, mas entendeu. Saí imediatamente do restaurante e fui atrás da Brityni. Ela estava na barraquinha de cachorro-quente da esquina. E para minha não tão surpresa, com o Michaelvaldo. Fui até lá, cumprimentei-os e disse:
- Brityni... vamos comer um pastel com chocoleite?
- Mas... Creosvaldo,acabei de te ver entregando rosas para a Keitylucy.
- Foi um equívoco. Sempre gostei de você e se necessário for, desaprendo tudo o que a mamãe me ensinou para ficar ao seu lado. Se você quiser, eu prometo nunca abrir a porta do carro, nunca te dar flores e vir todos os dias comer cachorro-quente.
“É... triste realidade! No fim, até o mais gentil cavalheiro acaba tornando-se um ogro. E o pior, na maioria das vezes, nós que somos as grandes responsáveis por isso...” – pensou Brityni e logo respondeu:
- Bora Creosvaldo! Mas tu tem que me prometer que será UM pastel com UM chocoleite, para não tirar o romantismo da situação!!!


A pedidos, a Brityni fica com o Creosvaldo, porém, eu não poderia dar para ela um fim totalmente feliz, afinal era ignorou o pobrezinho (sim! Eu sou uma mãe coruja!). E ela não gostava tanto dos ogros? Pois é... acabou de formar um!!hahaha

Meninas, adooorei nosso domingo das meninas, com sorvete das meninas! Agora o próximo será a double torta de morango (Dayanna) e banana (Elisabeth) das meninas!!!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

É Brityni...

Minha mãe sempre me disse: Brityni, escolha bem os rapazes com quem você decidir se envolver, eu já tive a sua idade!
Quando éramos crianças e nossas mães faziam aqueles chás, eu não dava a mínima pro Creovasdo, filho da tia Charlotte. Era um menino chato, só sabia conversar sobre assuntos de interesses mundiais e, ao invés de me convidar para jogar bola, não! Queria me ensinar a dançar tango. Sem falar que estava sempre impecável e com hábitos de etiqueta que nem eu, uma mocinha, tinha. Enquanto isso, o Jacksonvaldo, filho da tia Sophi e o Michaelvaldo, filho da tia Elisabeth eram aqueles garotos legais, descolados e desde pequenos já arrasavam o coração das meninas. Nunca vou esquecer do dia em que os dois trocaram o açúcar pelo sal e fizeram uma decoração toda especial na torta da mamãe, usando as orquídeas que ela cultivava!
Fomos crescendo, os chás continuaram e comecei a perceber que, com exceção do Creosvaldo, os meninos eram o máximo! Ta certo, meio cafajestes, pegavam geral, mas eram encantadores! A situação era sempre a mesma: eu sentada no meio dos dois garotos (suuper indecisa!) e o Creosvaldo ou lendo, ou estudando, mas sempre no canto dele. Cheguei a ficar com o Jacksonvaldo e com o Michaelvaldo. Era engraçado, enquanto eu conversava com um, mandava mensagem para o celular do outro. As tias sempre dizem que eu puxei a mamãe Dayanna neste aspecto!
O tempo foi passando e eu fui descobrindo (desculpa tia Beth e tia Sophi) que os meninos não prestavam. Era um mais canalha que o outro e, pasmem, os dois me fizeram sofrer muito.
Um dia, fui dar uma volta com o Michaelvaldo e, quando passo em frente aquele restaurante chiquérrimo – que eu nunca fui, os meninos no máximo me convidavam para comer um cachorro-quente na barraquinha da esquina – quem eu vejo? O Creosvaldo descendo do carro, chamando o garçom - que veio com um super buquê de rosas - e abrindo a porta para a garota que estava com ele, perdidamente apaixonado. Na hora pensei: é... perdi playboy, bem que a mãe avisou. E fui comer o cachorro-quente da esquina.

Garotas, nossos chás são sempre inesquecíveis e sempre rendem histórias para o blog! Adoro vocês e mais ainda as tortas deliciosas de morango e de banana!! hahahaha

domingo, 6 de setembro de 2009

Primos Investidores

Aniversário do meu primo. Família reunida, salgadinhos, docinhos e todas essas coisas gostosas. O papo fluía super bem, estávamos fazendo uma análise imparcial sobre a influência da queda do dólar na bolsa de valores e o que isso afetaria nos nossos negócios em Paris (do jatinho eu não vou abrir mão, não vou mesmo!). Até que um primo, que estava meio pensativo fala:
- Gente... sabem como é o nome da cidade do riso?
Todos pararam. Será que a cidade do riso seria mais um foco de desenvolvimento para que possamos investir e aumentar a nossa fortuna? Ficaram apreensivos, já imaginando mil negócios para serem montados na cidade do riso e até já iniciamos a discussão sobre como seria feito o rateio dos lucros (essa parte é a mais crítica). Quando o “pau tava fechando” (eu já disse: não vou dispensar o jatinho!!!) o primo só deu uma risadinha e disse:
- Calma galera! O nome da cidade do riso é Risóles. Há há.
Os primos investidores ficaram decepcionados (eu até que fiquei aliviada, vou poder continuar com o jatinho..yes!) e ninguém, ninguém riu da piada.

Ok...confesso que viajei, fui looonge no texto de hoje! Tudo isso porque a super esperta aqui não entendeu a piadinha de primeira, daí, para eu não parecer tão monguinha, criei uma histórinha (até rimou!!)
Primos, adoro vocês e são sempre divertidíssimas as reuniões de família! E como eu descobri que vocês são assíduos leitores do "brog" resolvi postar pra vocês! Eu sei... sou uma fofa mesmo!!!!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Nomes

É engraçado como os pais escolhem os nomes dos filhos. No meu caso, minha mãe queria que meu nome fosse Amanda, porque tinha uma menina com esse nome no Balão Mágico ou Trem da Alegria. Já meu pai adorava Vanessa. Resolveram perguntar pro meu irmão, na época com dois aninhos o que ele preferia:
- Filho, você quer que a maninha que está dentro da barriga da mamãe se chame Amanda ou Vanessa?
- Nenhum dos dois. Quero que seja Uni.
- Uni filho, mas...
- É. Já que vou ter uma irmã, quero que ela seja igual à Uni, da Caverna do Dragão!
- Mas tua maninha não vai ser um unicórnio...
- Então não quero ter irmã, ora!!!

Já que meu querido irmão não ajudou na escolha (ainda bem!!) eles escolheram um método simples e eficiente: par ou ímpar - espero que pelo menos tenha sido com "melhor de três!"
Bom, vocês já sabem quem ganhou!!!

A escolha do nome no meu irmão mais velho foi um pouco diferente. A mãe queria que fosse Allan, o pai Kaio César.
Um dia, quando a mãe estava dormindo, meu pai simplesmente foi até as lembrancinhas e escreveu em todas "Kaio César", aí a mãe não teve como mudar e teve que se conformar!!!
***

Ontem eu estava lendo o jornal e adivinha qual filme está passando no cinema?? A Mulher-Invísivel! É um filme brasileiro, com a Luana Piovani e Selton Mello. Além de eu me identificar com o título (interessados ler o post Sobre a Invisibilidade) O nome da protagonista é Amanda. Interessante, né??
Alguém quer ir ao cinema???
=p

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

...

Estava em minha casa, solitário. Sempre fui em homem de poucas palavras, poucos amigos e poucos sentimentos. Posso afirmar que foram raras as pessoas que eu realmente amei.
Em uma noite fria, recebi um telefonema: Roberto faleceu. Imediatamente a angústia e o remorso tomaram conta de mim. Ele não podia morrer, não agora. Não antes de resolvermos aquela antiga briga que tivemos no auge de nossa adolescência. Culpa do coração confuso da Antônia. Belíssima Antônia. Não fui ao velório. Jamais conseguiria olhar para Roberto naquele estado. Morto.
O dia nasceu nublado e frio, refletindo meu estado de espírito. Coloquei o sobretudo e fui ao enterro. Chovia e ventava, mas era a última oportunidade que eu teria para demonstrar o quanto, apesar de tudo, amava meu irmão.
Para minha surpresa, o motivo de nossa briga estava lá, linda como nos tempos de juventude. Senti meu coração bater mais forte, minhas mãos foram ficando úmidas e trêmulas, o ar parecia não vencer a demanda de meu corpo. Não. Eu não poderia reacender aquela paixão. Não hoje, com meu irmão em baixo da terra.

Conto escrito em um dos exercícios do Curso de Formação de Escritores. Estou meio nostálgica hoje, por isso, resolvi postá-lo!!!

Perdi Playboy

Sempre pela manhã eu vou de carona com o meu pai. Normalmente saímos sete e meia, sete e trinta e cinco. Normalmente eu me atraso (não é fácil dar um “jeitinho” na cara de sono, no cabelo revoltado e no guarda-roupa de mal-humor). Normalmente ele, irritado, me espera.
- Tchau Amanda
- Espera pai, já desço, vai tirando o carro.
- Se você não estiver lá em baixo a hora que eu for você fica.
Nunca acreditei que chegaria o dia em que ele me deixaria. Até porque, na minha incrédula mente, ele jamais deixaria a “princesinha do papai” porque a coitadinha se atrasou uns minutinhos. Tá, vários minutinhos.
Hoje, a hora que eu desci, vi o portão da garagem fechando. E o carro na primeira esquina depois de casa. Tive um ataque de riso: “não é que ele me deixou mesmo?!” Pensei em correr até lá, mas daí, correr às oito horas da manhã fica complicado. Peguei um ônibus e liguei pra ele:
- Oi boi, Me deixou hoje?
- É... perdeu playboy! Há há.